Jornal Estado de Minas

Menos discurso na telinha

Candidatos abrem o programa eleitoral na TV mais objetivos, mas teve quem chorasse


Os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte usaram os primeiros 10 minutos de propaganda eleitoral na televisão para se apresentar e delimitar em que campo estão na disputa. Com o tempo reduzido pela nova legislação, os políticos procuraram ser mais diretos em seus recados. Ao contrário de campanhas anteriores, os programas não apresentaram muitos personagens nem muita conversa.

Com o maior tempo disponível, o deputado estadual João Leite (PSDB) começou dizendo saber que estão todos indignados com a política e que há gente errada em todo lugar. Ele propôs fazer política “do jeito certo e com verdade”. O tucano criticou políticas da Prefeitura de BH nas áreas de drogas e de saúde. “Quero ser prefeito de BH para que não existam mais pessoas invisíveis nesta cidade”, disse.


O vice-prefeito Délio Malheiros abriu seu programa explicando por que quer ser candidato a prefeito e contou sua experiência como advogado, vereador e deputado estadual. Ele lembrou ter ficado conhecido como advogado do consumidor e apareceu em imagens ao lado do prefeito Marcio Lacerda (PSB). Délio disse que quando surgiu a oportunidade de ser o candidato do prefeito encarou como uma oportunidade para fazer muito para muita gente.
“O bom trabalho não pode parar”, anunciou.

O candidato Rodrigo Pacheco (PMDB) mostrou BH como uma mãe que quer ver seus filhos felizes. Ele apresentou proposta que chamou de prefeitura integral, que consiste em ter uma ação articulada em todas as áreas. “Precisamos de uma administração que respeite você e preste serviço para o que você precisa e não quando é conveniente para ela”, disse.

Com bem menos tempo que parte dos concorrentes, Kalil foi direto. Disse que prefeito é um serviço público e, como tal, tem que servir à população. “Chega de político, agora é Kalil”, disse o bordão. Marcelo Álvaro Antônio (PR) contou que nasceu no Barreiro e que quer fazer política frente a frente com o povo. Prometeu priorizar a periferia.
Sargento Rodrigues (PDT) chorou e disse que seu desafio são as políticas sociais. Tibé (PTdoB) lembrou sua trajetória e disse ser contra a velha política. Eros Biondini (PROS) mostrou a capa de um caderno com o programa de governo e prometeu mudar e fazer melhor.

Já o deputado federal Reginaldo Lopes, candidato do PT, começou o programa com imagens históricas para dizer que errar é humano mas voltar a sonhar também é humano. Foi a deixa para afirmar que viveu o melhor e o pior do PT e pedir desculpa pelo fato de o partido, segundo ele, ter entrado em um modelo viciado. Reginaldo Lopes diz que tem 14 anos de vida política e nunca esteve envolvido em listas de corrupção e nem enriqueceu..