Quase a metade dos atuais prefeitos que podem disputar a reeleição não vão tentar se manter no cargo por mais quatro anos. É o que mostra um estudo realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) a partir da publicação das candidaturas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Número de prefeitos candidatos à reeleição cai em relação às duas últimas eleições Dos 41 vereadores de Belo Horizonte, apenas três não devem tentar a reeleiçãoApós desconforto com 'debate' sobre reeleição, Temer jantará com Aécio no JaburuPrefeitos acionam MP contra atrasos em repasse de verbas pelo governo de MGCrise política tira partidos tradicionais da liderança nas eleições municipaisEx-prefeitos levam vantagem em capitaisEx-prefeitos em Minas driblam lei para ficar no poderDe acordo com a entidade, dos 4.024 prefeitos em primeiro mandato, 2.194 apresentaram a documentação à Justiça Eleitoral para registrar mais uma candidatura – ou 54,52% daqueles que poderiam disputar a reeleição.
Em julho, a CNM estimava o índice em 69% – o que já sinalizava uma queda nas intenções de reeleição se comprado com pleitos anteriores. Em 2012, por exemplo, 73,3% dos prefeitos disputaram a reeleição.
Na avaliação da CNM, essa queda no interesse pela reeleição se deve às dificuldades vivenciadas na administração municipal, com a queda dos repasses de recursos constitucionais e do Fundo de Participação dos Municípios – principal fonte de receita para 80% das cidades brasileiras.
No comparativo entre os estados, Minas Gerais lidera a lista de desinteresse na reeleição. Dos 658 prefeitos que estão no primeiro mandato, 307 não vão se candidatar novamente.
No Rio Grande do Sul, que aparece na terceira colocação do estudo, 153 dos 334 prefeitos não vão participar das eleições de outubro.
Proporcionalmente, o Amapá é o estado com maior índice de tentativa de reeleição: dos 15 prefeitos aptos a disputar o mandato, 11 deles manifestaram essa intenção na Justiça Eleitoral, ou 73,33%. .