Quase a metade dos atuais prefeitos que podem disputar a reeleição não vão tentar se manter no cargo por mais quatro anos. É o que mostra um estudo realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) a partir da publicação das candidaturas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com a entidade, dos 4.024 prefeitos em primeiro mandato, 2.194 apresentaram a documentação à Justiça Eleitoral para registrar mais uma candidatura – ou 54,52% daqueles que poderiam disputar a reeleição.
Em julho, a CNM estimava o índice em 69% – o que já sinalizava uma queda nas intenções de reeleição se comprado com pleitos anteriores. Em 2012, por exemplo, 73,3% dos prefeitos disputaram a reeleição.
Na avaliação da CNM, essa queda no interesse pela reeleição se deve às dificuldades vivenciadas na administração municipal, com a queda dos repasses de recursos constitucionais e do Fundo de Participação dos Municípios – principal fonte de receita para 80% das cidades brasileiras.
No comparativo entre os estados, Minas Gerais lidera a lista de desinteresse na reeleição. Dos 658 prefeitos que estão no primeiro mandato, 307 não vão se candidatar novamente. Em São Paulo, dos 472 estreantes no Executivo, 250 vão disputar o cargo mais uma vez.
No Rio Grande do Sul, que aparece na terceira colocação do estudo, 153 dos 334 prefeitos não vão participar das eleições de outubro.
Proporcionalmente, o Amapá é o estado com maior índice de tentativa de reeleição: dos 15 prefeitos aptos a disputar o mandato, 11 deles manifestaram essa intenção na Justiça Eleitoral, ou 73,33%.