O senador Aécio Neves (PSDB) foi o primeiro a falar no retorno do intervalo da sessão que ouve a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e reviveu o embate que marcou as campanhas eleitorais de 2014 pela Presidência. Ambos, em suas falas, disseram que não imaginavam estar nessa posição quase dois anos depois.
O tucano ainda tentou desqualificar o argumento dos votos recebidos por Dilma. “Vossa Excelência recorre aos votos que recebeu como justificativa. Não é salvo-conduto. É delegação que pressupõe deveres e direitos. O maior dos deveres de quem recebe votos é o respeito a leis e à Constituição", provocou o tucano.
Já Dilma afirmou que a dificuldade econômica vivida pelo governo dela foi agravada pela crise política e que teve na pauta jornalística amparo. Ele ainda afirmou que a eleição de Cunha contribuiu para criar cenário complexo para o governo. Ele citou também as pautas-bomba que dificultaram ainda mais a recuperação do país.
Sobre as eleições, período citado por Aécio em seu quesitonamento, a presidente disse que respeita todos que participam de eleições direitas, porém, a "eleição indireta", como ela afirma estar ocorrendo com o processo de impeachment, é "produto de um processo de impeachment sem crime de responsabilidade".