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Característica de meu governo foi ampliar gastos em educação, diz DilmaDilma: ninguém pode descumprir Constituição, nem presidente nem senadorDilma defende fórum com empresários e trabalhadores para discutir previdênciaDilma pede a aliados para reduzirem número de inscritos, pois está quase sem vozVotação de impeachment pelo Senado decide hoje os rumos do BrasilSegundo a petista, Cunha foi o protagonista e Temer foi coadjuvante no processo que pode culminar com sua saída definitiva da presidência e na sua inelegibilidade por oito anos. Para embasar a sua denúncia, ela citou trecho de uma gravação feita pelo ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, preso na Operação Lava Jato, com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), em que eles discutem o cenário político e a saída da petista. Na gravação, Jucá diz que Michel é Cunha.
“Quando ao ser gravado, o senador Jucá, disse que Michel é Cunha, ele queria dizer o que?! Que Michel Temer integra o grupo do deputado Eduardo Cunha. Esse foi o processo que talvez comece no final do meu governo, mas se intensifica de forma acelerada no meu segundo mandato”, disse.
Centro progressista
Segundo Dilma, o Brasil sempre teve um centro democrático progressista que possibilitava a governabilidade junto as diferentes forças políticas e que o PMDB representava essa força. “Ele foi fundamental para que nós tivéssemos as conquistas democráticas que tivemos, mas também para que pudéssemos ter governabilidade estável no Brasil. Esse centro democrático que vem do MDB e que tem como disse há pouco Ulisses Guimarães como sua maior referência”, disse.Segundo a petista, a partir do final do seu primeiro governo começou a dar uma guinada para o conservadorismo, com a eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara.
Questionada pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF), qual teria sido o critério para a escolha do presidente interino, Michel Temer como seu vice, Dilma disse acreditar que o peemedebista pertencesse a ala do partido que ela classificou como “progressista”. “Temer foi escolhido para ser meu vice porque supúnhamos que ele era integrante desse centro democrático transformador, acreditávamos que ele representava o que havia de melhor no PMDB”, disse. “Lamento que através dos meus gestos tenha construído essa hipótese de ter um vice democrático que até então tenha dado governabilidade ao país”.
Durante sua fala, Dilma disse ainda que esse centro democrático sofreu no seu segundo mandato uma alteração profunda e se transformou numa ala conservadora que fazia ferrenha oposição ao seu governo. “Não sei dizer quando isso começou a mudar, mas o certo é que começou a mudar”, disse.
Um pouco antes, ao responder um questionamento do senador Telmário Mota (PDT-RR), a presidenta afastada disse que, caso volte ao governo, jamais governará com o que chamou de PMDB do mal.
Por meio de nota, Eduardo Cunha disse que Dilma estaria mentindo “contumazmente” e desafiou a presidenta afastada “demonstrar qual foi a pauta-bomba votada e qual projeto do governo não foi votado”..