Brasília, 30 - A advogada de acusação do processo de impeachment, Janaína Paschoal, atribuiu nesta terça-feira, 30, "a Deus" a composição do processo e disse que a defesa alega que é vítima de vários golpes. "Se tem alguém fazendo algum tipo de composição nesse processo, é Deus", disse.
Para ela, foi Deus quem conferiu coragem para que as pessoas envolvidas levantassem e fizessem "alguma coisa a respeito".
A advogada de acusação rebateu argumentos da presidente afastada, Dilma Rousseff, durante o processo de impeachment, em sessão do julgamento no Senado. Segundo ela, a alegação de que a legislação que estão usando como base para o processo é arcaica, não é verdadeira. "São falaciosos que estamos aplicando à Dilma uma lei velha e arcaica", disse numa referencia à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 2000.
Ainda segundo ela, a diferença entre a criação da lei e hoje é que "os valores, a audácia e fraude são muito maiores" hoje.
Delações premiadas
Janaína falou também em defesa das delações premiadas, inclusive pediu que elas fossem anexadas ao processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, e que o Senado está julgando. "Sempre foi possível e necessário trazer para este processo todas as delações (Delcício do Amaral, Nestor Ceveró e Mônica Moura)", defendeu.
Numa crítica à defesa de Dilma, que é feita pelo ex-ministro da Defesa e ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, Janaína afirmou que a "defesa tem esse costume: só querem trazer o que lhes interessa". "Que venham as gravações, inclusive aquela de que se o Marcelo Odebrecht fizer delação, funcionará como uma flecha no peito da presidente", pediu.
Eduardo Cunha
Em mais um ataque ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e reafirmando que ele não ajudou na elaboração do pedido de impeachment, ela afirmou que "isso tudo (delações) está fora do processo, mas é por uma decisão do deputado Eduardo cunha". "Senadores não podem votar fora da nossa realidade", afirmou.
Otávio Ladeira
A advogada de acusação, Janaína Paschoal, citou o funcionário e ex-secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, em sua fala durante o julgamento do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. Segundo ela, Ladeira foi trazido pela defesa e confirmou que, desde 2013, os técnicos do Tesouro estão tentando reverter "essa situação fraudulenta que nos levou ao caos".
Ela lembrou ainda uma reunião em 2013 organizada por técnicos do órgão com o então secretário do Tesouro, Arno Augustin, próximo à Dilma, em que os funcionários expuseram a ele que, se continuasse daquela forma teriam várias implicações jurídicas. "Eles disseram que seríamos rebaixados por agências internacionais", argumentou.
Janaína defendeu também a manutenção do formato de acompanhamento do Orçamento através da Junta Orçamentária. "É necessário que o acompanhamento da meta seja frequente", disse.
Em referencia à defesa apresentada na segunda-feira por Dilma, Janaína reconheceu que foi um ato de respeito, mas afirmou que não é honesto "falar ao povo que há dinheiro, sendo que não é verdade".
Para ela, foi Deus quem conferiu coragem para que as pessoas envolvidas levantassem e fizessem "alguma coisa a respeito".
A advogada de acusação rebateu argumentos da presidente afastada, Dilma Rousseff, durante o processo de impeachment, em sessão do julgamento no Senado. Segundo ela, a alegação de que a legislação que estão usando como base para o processo é arcaica, não é verdadeira. "São falaciosos que estamos aplicando à Dilma uma lei velha e arcaica", disse numa referencia à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 2000.
Ainda segundo ela, a diferença entre a criação da lei e hoje é que "os valores, a audácia e fraude são muito maiores" hoje.
Delações premiadas
Janaína falou também em defesa das delações premiadas, inclusive pediu que elas fossem anexadas ao processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, e que o Senado está julgando. "Sempre foi possível e necessário trazer para este processo todas as delações (Delcício do Amaral, Nestor Ceveró e Mônica Moura)", defendeu.
Numa crítica à defesa de Dilma, que é feita pelo ex-ministro da Defesa e ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, Janaína afirmou que a "defesa tem esse costume: só querem trazer o que lhes interessa". "Que venham as gravações, inclusive aquela de que se o Marcelo Odebrecht fizer delação, funcionará como uma flecha no peito da presidente", pediu.
Eduardo Cunha
Em mais um ataque ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e reafirmando que ele não ajudou na elaboração do pedido de impeachment, ela afirmou que "isso tudo (delações) está fora do processo, mas é por uma decisão do deputado Eduardo cunha". "Senadores não podem votar fora da nossa realidade", afirmou.
Otávio Ladeira
A advogada de acusação, Janaína Paschoal, citou o funcionário e ex-secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, em sua fala durante o julgamento do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. Segundo ela, Ladeira foi trazido pela defesa e confirmou que, desde 2013, os técnicos do Tesouro estão tentando reverter "essa situação fraudulenta que nos levou ao caos".
Ela lembrou ainda uma reunião em 2013 organizada por técnicos do órgão com o então secretário do Tesouro, Arno Augustin, próximo à Dilma, em que os funcionários expuseram a ele que, se continuasse daquela forma teriam várias implicações jurídicas. "Eles disseram que seríamos rebaixados por agências internacionais", argumentou.
Janaína defendeu também a manutenção do formato de acompanhamento do Orçamento através da Junta Orçamentária. "É necessário que o acompanhamento da meta seja frequente", disse.
Em referencia à defesa apresentada na segunda-feira por Dilma, Janaína reconheceu que foi um ato de respeito, mas afirmou que não é honesto "falar ao povo que há dinheiro, sendo que não é verdade".