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Estado de Minas

Lacerda vai usar internet para responder críticas de candidatos à sua administração

O prefeito de BH alega estar sendo atacado pelos candidatos à sua sucessão. Respostas aos assuntos mais graves podem entrar na propaganda de Délio


postado em 02/09/2016 06:00 / atualizado em 02/09/2016 08:19

Lacerda evitou polemizar com os adversários e atribuiu críticas a desconhecimento(foto: Juarez Rodrigues/EM / D.A. Press)
Lacerda evitou polemizar com os adversários e atribuiu críticas a desconhecimento (foto: Juarez Rodrigues/EM / D.A. Press)

O prefeito Marcio Lacerda (PSB) afirmou nesta sexta-feira que vai usar a sua página no Facebook para responder a todas as críticas feitas à sua administração por candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte. E os ataques mais graves poderão virar tema da propaganda eleitoral de rádio e televisão do candidato Délio Malheiros (PSD) – atual vice-prefeito e candidato que tem o apoio de Lacerda.

De acordo com o prefeito, está sendo realizado um levantamento de todas as declarações feitas por adversários de seu candidato.

“São ataques, mentiras e inverdades que vemos nos programas, nos debates e nos jornais. Vimos vários absurdos sendo ditos e vamos responder a cada um deles”, disse Marcio Lacerda.

Ele evitou polemizar com os candidatos, apostando que as declarações têm sido feitas por “desconhecimento” por parte deles, e não por má-fé. “Eles não têm uma experiência de gestão pública mais complexa, necessária para ser prefeito de uma cidade. Isso aqui não pode ser uma escola de pessoas que sonham em ser prefeito”, completou ele, que tem participado de várias agendas da campanha de Délio Malheiros.

Marcio Lacerda citou como exemplos de absurdos ditos pelos adversários que a Prefeitura teria cortado as refeições fornecidas aos profissionais da rede municipal de ensino e críticas à concessão de desconto na taxa de operações da BHTrans – medida que, segundo ele, foi adotada para que fosse possível a redução na tarifa dos ônibus que circulam na capital.

Outro ponto citado por ele foi a promessa feita por alguns candidatos de dobrar ou triplicar o número de guardas municipais nas ruas da cidade.

Atualmente, segundo dados da prefeitura, a estrutura da Guarda Municipal tem um custo anual de R$ 143 milhões. O aumento do efetivo custaria mais para a administração. “É preciso ver de onde vai sair esse recurso. O que nós vamos cortar, já que a segurança pública é um problema que o estado e o governo federal não conseguem resolver? É algo caro”, afirmou Lacerda.

O prefeito aproveitou para alfinetar os candidatos à sua cadeira. “É arriscado para a população acreditar em sonhos e promessas mirabolantes, inclusive que envolvam gastos de recursos públicos”, afirmou.

Em relação a críticas à política adotada para a saúde, Marcio Lacerda afirmou que nos quase oito anos em que está no poder aumentou o número de equipes para atendimento nos postos de 180 para cerca de 300. Ainda segundo ele, 86% dos usuários dos centros de saúde estão inscritos no Programa Saúde da Família, e agentes comunitários realizam algo em torno de 3,7 milhões de visitas domiciliares a cada ano. E de acordo com Lacerda, a prefeitura aplica hoje 21% do orçamento da saúde com a atenção básica – e não 5%, como foi dito recentemente por outros candidatos. “Se metade das pessoas saísse enraivecida dos postos de saúde, teríamos passeatas todos os dias”, alegou.

Pesquisa Pesquisa feita pelo jornal Folha de S. Paulo – e publicada na semana passada – poderá se tornar outra fonte de resposta nestas eleições. O levantamento realizado pelo Instituto Datafolha apontou Belo Horizonte no topo do ranking de municípios mais eficientes entre aqueles com mais de 1 milhão de habitantes. O índice foi calculado com base na qualidade e volume de serviços prestados à população. Foram usados indicadores de saúde, educação e saneamento.

Foram avaliados 5.281 cidades, e numa escala de 0 a 1, apenas 24% dos municípios ultrapassaram 0,5 – índice mínimo para ser classificado como eficiente. Belo Horizonte atingiu a média de 0,542, seguida de Campinas (0,540) e São Gonçalo (0,531). No quesito saneamento, a capital mineira atingiu 0,985 pontos; a saúde ficou em 0,512 e na educação 0,642.


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