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Estado de Minas

Uruguai critica impeachment de Dilma e aponta injustiça

Após o impeachment ser aprovado no Senado, Bolívia, Equador e Venezuela chamaram seus embaixadores no Brasil de volta


postado em 02/09/2016 07:31 / atualizado em 02/09/2016 09:03

O Uruguai engrossou, na quinta-feira, a lista dos países que criticaram o impeachment de Dilma Rousseff. Em um comunicado que a apresenta como "eleita legitimamente pelo povo brasileiro", a chancelaria uruguaia disse considerar "uma profunda injustiça” a destituição "apesar da legalidade invocada".

Na quinta-feira, após a votação que cassou o mandato da petista no Senado, Bolívia, Equador e Venezuela chamaram seus embaixadores no País de volta. Os embaixadores brasileiros nos três países também foram chamados de volta, segundo o Itamaraty.

Mercosul

O comunicado uruguaio amplia a distância entre a diplomacia dos dois países, que têm exposto suas diferenças dentro do Mercosul. O Uruguai defende a posse da Venezuela na presidência semestral e o Itamaraty é contra.

O chanceler José Serra visitou Montevidéu em julho para tentar mudar a posição do vizinho. Um mês depois, o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, afirmou a parlamentares que o Brasil tinha tentado na ocasião comprar o voto uruguaio com vantagens comerciais.

O Itamaraty exibiu seu descontentamento chamando o embaixador uruguaio para explicar o caso. Nin Novoa então recuou e alegou tratar-se de um mal-entendido.


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