Um dia depois de declarar que é "inviável" governar com 35 partidos políticos, o presidente Michel Temer disse neste domingo, 4, que tem de "conversar" muito com as legendas aliadas para conquistar apoio ao governo no Congresso. "O que eu mais faço é discutir relação", declarou.
"Com uma base de quase 20 partidos, se você não fizer isso permanentemente, você não consegue manter a base unida. Quando nós tivermos dois ou três partidos, fica mais fácil." No sábado, o presidente defendeu a realização de uma reforma política que reduza o número de legendas existentes no País.
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O presidente não revelou que posição tomará caso a proposta seja aprovada pelo Congresso. "Eu vou esperar o Senado decidir", disse Temer em entrevista na China, observando que poderá sancionar ou vetar a lei. O presidente ressaltou que muitos parlamentares se opõem à medida em razão do impacto negativo que ela teria sobre os gastos públicos.
Temer deixou o Brasil na quarta-feira sob o impacto de outra crise em sua base aliada, provocada pela divisão do julgamento do impeachment que permitiu a manutenção dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff. Criticada pelo PSDB, a decisão teve apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e de outros parlamentares do partido de Temer.
Calheiros integra a comitiva que acompanha o presidente na China.