São Paulo, 05 - Os candidatos a prefeito de partidos da base de Michel Temer nas capitais não terão a presença do presidente em seus palanques. A tese oficial do Palácio do Planalto é a de que a base partidária do governo é tão ampla que qualquer apoio poderia melindrar outros postulantes de legendas aliadas.
Além disso, o presidente estaria focado no ajuste fiscal e não teria tempo para mergulhar no processo eleitoral. A decisão não incomodou os principais candidatos do PMDB, PSDB, DEM e demais legendas que compõem a coalizão governista. Faltando pouco menos de um mês para o primeiro turno, os candidatos dos maiores colégios eleitorais não convidaram Temer para atos de campanha.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que as campanhas do PSDB, DEM e PMDB em São Paulo, Belo Horizonte, Rio e Salvador não pretendem explorar a imagem de Temer em nenhum momento. "Em Salvador o PMDB tem o vice de ACM Neto (DEM). Lá a base está toda unida, o que poderia ser um facilitador. Mas não creio que se abrirá uma exceção", disse o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).
Ele afirmou, porém, que os ministros do governo podem e devem participar.
Um dos mais próximos auxiliares de Temer, o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, disse que a eleição municipal não está na pauta. "Ainda não conversamos sobre eleições municipais. Mas, para o governo, a agenda econômica é quase uma questão exclusiva. A gravidade é de tal ordem e os problemas de tal profundidade que a agenda econômica mobiliza toda a energia."
Segundo uma compilação feita pelo portal G1 com as pesquisas do Ibope realizadas nesta semana, o índice de aprovação de Temer - ótimo e bom - varia de 8% a 19% nas capitais. O maior índice de aprovação à administração de Temer - bom ou ótimo - foi registrado em Manaus. As pesquisas eleitorais estão registradas nos Tribunais Regionais Eleitorais e no Tribunal Superior Eleitoral. As informações são do jornal
O Estado de S.