Porto Alegre, 05 - Cerca de mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam, desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira, 5, o pátio do Ministério da Fazenda e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na região central de Porto Alegre. O grupo afirma que não tem previsão de deixar o local.
Segundo o movimento, as atividades e ações acontecem em todos os Estados do Brasil em resistência ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que levou Michel Temer à Presidência da República. Os agricultores também reivindicam a retomada da reforma agrária. Com o objetivo de chamar a atenção das autoridades, o grupo impede a entrada de servidores públicos aos prédios.
De acordo com a assessoria de imprensa do MST, o grupo reivindica o assentamento de 2,3 mil famílias acampadas no Estado do Rio Grande do Sul. A categoria também exige a suspensão da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de penalizar mais de 578 mil assentados no país por considerá-los irregulares.
A camponesa Clarisse Nunes, 37 anos, estava acompanhada de seus dois filhos pequenos e do marido. A família é natural de Santa Rosa, na região noroeste gaúcho, e viajou mais de 500 km até a capital para participar do protesto. "Queremos mais investimentos no campo. Que (as autoridades) olhem para nós.
Entre as reivindicações do MST, o grupo é contrário à reforma da Previdência rural, que prevê a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres. A reportagem tentou, durante a manhã, contato com o Incra, que não atendeu ao chamados..