Brasília – Cinco dias depois de o Senado afastar definitivamente Dilma Rousseff da Presidência da República, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, enviou o resultado da votação ao ministro Herman Benjamin, relator de quatro ações que pedem a cassação da chapa de Dilma e do seu então vice-presidente Michel Temer. O ministro, que é corregedor da Corte, poderá decidir se, com o impeachment consolidado, as ações perdem o objeto e consequentemente devem ser arquivadas. Não há prazo para a decisão.
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Na prática, porém, o despacho de Gilmar pode influenciar numa decisão para que o TSE considere as ações do PSDB prejudicadas, já que Dilma foi destituída do cargo. Neste caso, Michel Temer seria beneficiado, já que em caso de cassação o tribunal teria que convocar novas eleições.
Em entrevistas concedidas dias antes da cassação de Dilma pelo Senado, em 31 de agosto, Herman Benjamin declarou que a aprovação ou não do impeachment não influenciava sua decisão pela condenação ou absolvição da chapa que ganhou a eleição de 2014.
Gilmar Mendes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou nessa segunda-feira (5) que as investigações que pedem a cassação da chapa já estão agora na fase de oitiva de testemunhas. “Cada coisa no seu tempo. Nós recebemos aquela comunicação que veio da presidência do Senado, fizemos a comunicação, de encaminhar ao relator, ministro Herman Benjamin e ele está dando curso ao processo, inclusive à oitiva de testemunhas que podem subsidiar a decisão do tribunal”, disse.
“Como nós vamos proceder dependerá inclusive da proposta que o relator venha a fazer. Aguardemos um pouco essa fase, estamos na fase de instrução. Encerramos a fase de perícia, isso já foi apresentado, temos os dados e agora vamos aguardar esses testemunhos”, disse o presidente do TSE, destacando que o processo será decidido pelo plenário do TSE.
Em entrevistas concedidas dias antes da cassação de Dilma pelo Senado, em 31 de agosto, Herman Benjamin declarou que a aprovação ou não do impeachment não influenciava sua decisão pela condenação ou absolvição da chapa que ganhou a eleição de 2014. “Os dois processos são separados porque os fatos investigados na Câmara e no Senado que estão levando ao processo de impeachment são diferentes dos fatos investigados no TSE.