O temido Japonês da Federal está de volta. Agora com um acessório a mais: a tornozeleira eletrônica – a mesma que acompanha vários dos políticos que ele conduziu.
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Justiça impõe obrigações para que 'Japonês da Federal' utilize tonozeleira'Japonês da Federal' vai cumprir pena de tornozeleiraJaponês da Federal está preso na Superintendência da PF em CuritibaPrisão de Japonês da Federal vira piada e gera memes na internetJaponês da federal lança livro em BH e conta casos como xixi de Cerveró em petistaApós prisão e tornozeleira, japonês da federal quer disputar eleição de outubro Japonês da Polícia Federal quer se aposentar'Japonês da Federal' fica livre da tornozeleira eletrônicaO policial federal foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão por crime de facilitar a entrada de contrabando no país. Ele ficou nas dependências da PF e, no dia 10 de junho, foi para casa e passou a ser monitorado por uma tornozeleira eletrônica.
Mesmo assim, o agente foi liberado para participar das prisões.
Ele ajudou a levar o pecuarista José Carlos Bumlai de volta para a carceragem da PF, em Curitib, nesta terça-feira. Ele estava em prisão domiciliar desde março por causa de um câncer na bexiga e foi levado para uma penitenciária de regime fechado com um complexo médico.
Nesta segunda-feira, o Japonês voltou à cena quando fez a escolta do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, preso em São Paulo depois de ser levado coercitivamente para prestar depoimento na Operação Greenfield, que apura fraude nos fundos de pensão.
Contrabando
O Japonês da Federal cumpre pena no regime semiaberto.
Ao determinar o uso do acessório que acompanha réus que ele mesmo conduziu, a 2ª Vara de Execuções Penais de Curitiba listou uma série de cuidados que o japonês deve ter com a peça. Entre elas está a de não retirar nem permitir que outra pessoa subtraia a tornozeeleira eletrônica, “exceto por determinação expressa deste juízo”.
Newton Ishii foi condenado por facilitar contrabando em Foz do Iguaçu, na fonteira com o Paraguai. O crime foi descoberto na Operação Sucuri e ele respondeu ao processo junto com outros dois policiais. Ao colocar a tornozeleira eletrônica, o japonês disse que faria trabalhos “internos” na PF.
De tão famoso que ficou por causa das aparições na Operação Lava-Jato, o agente virou hit de carnaval. Na marchinha, o refrão era "Ai meu Deus, eu me dei mal.