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Candidatos das menores cidades buscam, literalmente, conversar com todos os eleitoresMenores colégios eleitorais de MG tem disputa acirrada; em um deles 15 votos fizeram o vencedor Rivalidade entre os candidatos é só nas urnas e nas propostasJá Derli Donizete preferiu adotar postura mais cautelosa e decidiu não adiantar suas propostas, por enquanto. “A gente prefere aguardar para falar tudo de uma vez”, diz.
Para os moradores de Serra da Saudade, o clima de tranquilidade é, disparado, a melhor qualidade da cidade.
Para a aposentada Tereza Amaral da Paz, de 66, referência no local por servir refeições em uma gostosa varanda bem ventilada, Serra da Saudade é um paraíso, mas ainda pode melhorar. “Para os jovens não é muito bom, porque falta emprego”, afirma. Ela mora em Serra da Saudade há 30 anos e conta que se mudou para lá logo que ficou viúva e viu na cidade condições ideais para criar os quatro filhos.
Diferentemente de garndes cidades, onde conseguir uma consulta demanda tempo e disponibilidade para enfrentar filas, dona Tereza conta que na cidade o atendimento é muito bom “Tem médico todos os dias.”
Sobre a disputa pela prefeitura, ela só reclama por não ter representante feminina. “Pena que nenhum dos candidatos é uma mulher. Porque mulher cuida da cidade como se fosse a casa dela. Fica com mais entusiasmo”, analisa. Apesar disso, ela diz que já escolheu o candidato e que não vai deixar de votar.
Mas há quem reclame e aponte o “problema” na cidade.
ESPERANÇA Na disputa pelas nove vagas de vereador na Câmara Municipal de Serra da Saudade concorrem 17 candidatos, o que corresponde a menos de dois candidatos por cadeira. Oito tentam se reeleger.
Até o momento, segundo dados do TRE-MG, Derli Donizete arrecadou R$ 650, sendo 100% dos recursos vindos do próprio bolso. Já Alaor tem no caixa de campanha R$ 6.160. Desse total, R$ 1.625,25, pouco mais de 26%, são doações do próprio candidato. O restante é de um único apoiador.
Com o olhar que a experiência lhe proporcionou, o morador mais velho de Serra da Saudade, Odilon Costa, de 91, sentado no banco da praça que fica em frente da sua casa, crava: “A cidade é muito tranquila e limpa. Estou satisfeito aqui”. “Enquanto tem esperança tá bom, as coisas dão certo”, diz. Seu Odilon nos revelou seu voto, por livre e espontânea vontade.
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