Que tal dialogar com o candidato a prefeito da sua cidade frente a frente? E mais: saber onde ele mora e poder conhecer as propostas dele em um bom bate-papo, assim, na porta de casa? Pois essa é a realidade dos moradores de Serra da Saudade, na Região Central de Minas, e de Cedro do Abaeté, no Centro-Oeste do estado. A primeira, com população de 815 habitantes, é o município menos populoso do país e também o menor colégio eleitoral – são 959 eleitores. A segunda ocupa a sexta colocação entre as cidades brasileiras em população, com 1.213 moradores e 1.287 eleitores. Esses números podem fazer pensar que a corrida pelo voto nesses locais seja fácil, né? Que nada! Pelo menos é o que os candidatos contaram à reportagem do Estado de Minas, que foi conferir de perto a campanha eleitoral nesses municípios.
O candidato do DEM diz que a campanha em cidade pequena se diferencia da feita em locais maiores porque o contato nos grandes centros se dá por outras formas que não o acesso direto. “É mais difícil aqui, mas é mais gostoso”, reconhece.
Hilário, de 69, que já administrou a cidade entre 2009 e 2012, concorda com o adversário e conta que tem que ser cuidadoso para não magoar eleitores. “Acho a campanha em cidade pequena mais difícil. A gente tem que ter diálogo em cada casa”, conta. Ele considera que o jeito mineiro de ser influencia na forma de trabalhar o voto. “Acho interessante essa coisa da ‘mineirice’. Mesmo quem é do partido a gente tem que visitar.” Ele lembra que chegou a ser interpelado por um apoiador por ter “pulado a casa dele” ao visitar a vizinhança. “Ué, você não vai querer meu voto?”, questionou o correligionário.
Em Serra da Saudade, a história não é diferente. Tanto Alaor Machado (PP) quanto Derli Donizete da Costa (PTdoB) disseram que a proximidade ajuda na campanha, mas isso faz com que ambos tenham que visitar todas as casas do lugar.
“Na cidade grande você apresenta a candidatura e faz uma campanha mais geral. Aqui, se você não vai à casa de uma pessoa ela logo pergunta por que”, conta Alaor, de 62, fazendeiro, que tenta o quarto mandato.
O adversário, que já foi até vice do concorrente, Derli Donizete, concorda. “A campanha aqui funciona na base da amizade”, conta o lavrador, também de 62, que admite ter tido pouco tempo para fazer corpo a corpo. “Trabalho o dia todo, de domingo a domingo. Nossa campanha é simples”, diz. Derli também não é novato na vida política. Já foi vereador por três legislaturas seguidas. Perdeu por poucos votos a última eleição para prefeito.
Para tentar driblar a falta de tempo, ele espera intensificar os trabalhos a partir do dia 15. Como se trata de uma chapa familiar, ele conta com a ajuda do vice, Marciel Costa (PTdoB), filho dele – que estará de férias na data –, para fazer as visitas. “Gosto de campanha falando na orelha das pessoas. Esse negócio de pregar papel ou carro de som não funciona comigo”, revela.
Já Cedro do Abaeté tem histórico de disputas muito acirradas em anos anteriores e isso faz com que muitos moradores, mesmo já tendo decidido em quem votar, permaneçam sem deixar explícita a intenção de voto, confessada apenas nas urnas no dia da votação.
O candidato do DEM diz que a campanha em cidade pequena se diferencia da feita em locais maiores porque o contato nos grandes centros se dá por outras formas que não o acesso direto. “É mais difícil aqui, mas é mais gostoso”, reconhece.
Hilário, de 69, que já administrou a cidade entre 2009 e 2012, concorda com o adversário e conta que tem que ser cuidadoso para não magoar eleitores. “Acho a campanha em cidade pequena mais difícil. A gente tem que ter diálogo em cada casa”, conta. Ele considera que o jeito mineiro de ser influencia na forma de trabalhar o voto. “Acho interessante essa coisa da ‘mineirice’. Mesmo quem é do partido a gente tem que visitar.” Ele lembra que chegou a ser interpelado por um apoiador por ter “pulado a casa dele” ao visitar a vizinhança. “Ué, você não vai querer meu voto?”, questionou o correligionário.
Em Serra da Saudade, a história não é diferente. Tanto Alaor Machado (PP) quanto Derli Donizete da Costa (PTdoB) disseram que a proximidade ajuda na campanha, mas isso faz com que ambos tenham que visitar todas as casas do lugar.
“Na cidade grande você apresenta a candidatura e faz uma campanha mais geral. Aqui, se você não vai à casa de uma pessoa ela logo pergunta por que”, conta Alaor, de 62, fazendeiro, que tenta o quarto mandato.
O adversário, que já foi até vice do concorrente, Derli Donizete, concorda. “A campanha aqui funciona na base da amizade”, conta o lavrador, também de 62, que admite ter tido pouco tempo para fazer corpo a corpo. “Trabalho o dia todo, de domingo a domingo. Nossa campanha é simples”, diz. Derli também não é novato na vida política. Já foi vereador por três legislaturas seguidas. Perdeu por poucos votos a última eleição para prefeito.
Para tentar driblar a falta de tempo, ele espera intensificar os trabalhos a partir do dia 15. Como se trata de uma chapa familiar, ele conta com a ajuda do vice, Marciel Costa (PTdoB), filho dele – que estará de férias na data –, para fazer as visitas. “Gosto de campanha falando na orelha das pessoas. Esse negócio de pregar papel ou carro de som não funciona comigo”, revela.
Já Cedro do Abaeté tem histórico de disputas muito acirradas em anos anteriores e isso faz com que muitos moradores, mesmo já tendo decidido em quem votar, permaneçam sem deixar explícita a intenção de voto, confessada apenas nas urnas no dia da votação.