O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou há pouco que o processo contra ele, que pode resultar na cassação do seu mandato, é de natureza política e não tem provas. Ao fazer sua própria defesa no plenário da Câmara, Cunha atacou o governo do PT, disse que está sendo perseguido e que o processo é uma “vingança”.
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Defesa diz que processo contra Cunha é um linchamento Antes de falar, Cunha ficou isolado no plenário a maior parte do tempoAliados negam que Maia foi pressionado a suspender sessãoRodrigo Maia suspende sessão da Câmara por uma horaEmpresário leva buquê de flores brancas para homenagear Cunha na CâmaraPor 450 votos a 10, Eduardo Cunha tem o mandato cassado na Câmara dos Deputados“O processo de impeachment que está gerando tudo isso. Eles querem troféu para dizer que é golpe. Tivemos o prazer, e isso ninguém vai conseguir tirar, por mais que o PT xingue, chore, o governo deles foi embora e graças a atividade feita por mim que aceitei o processo de impeachment”, discursou Cunha.
Falando de improviso, Cunha fez um histórico de sua atuação parlamentar de quatro mandatos e sobre o processo. Ele disse que faria uma fala política e não das questões técnicas. Segundo ele, boa parte do plenário sequer conhece o processo.
“Estamos aqui vivendo um processo de natureza política dentro de um conceito de denúncias do chamado petrolão. Esquema criminoso montado pelos governos do PT”.
“Marcaram uma votação como essa as vésperas do processo eleitoral é querer transformar isso em um circo. Não temos o hábito do julgamento, muito mais ainda naquilo que é técnico”, disse o peemedebista.
Com a voz embargada, Cunha apelou que, a Casa, pelo menos, analise os recursos de seus aliados que pedem o fatiamento da votação. Pediu ainda que seja julgado com isenção.
"Se o plenário chegar a conclusão que vai acabar com a minha carreira política, o que vai causar com a minha família, não tem problema. A decisão é soberana de vocês. Eu peço a vocês que tenham a isenção sobre aquilo que estou sendo acusado e condenado. Não me julguem por aquilo que está sendo colocado na opinião pública ou pelo que ouviram dizer"
Nos 31 minutos que teve direito a fazer sua defesa, Cunha atacou o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo.
O peemedebista disse ainda que está havendo seletividade em relação a ele. Segundo ele, a denúncia contra o presidente do Senado está há mais de 3 anos esperando para ser apreciada, e que no caso dele demorou menos de 60 dias..