Eduardo Cunha não é mais deputado federal. Por 450 votos a 10 o plenário da Câmara dos Deputados aprovou a cassação do peemedebista que presidiu a Casa entre janeiro de 2015 e julho deste ano. Dez meses após o processo começar a tramitar no Conselho de Ética, com várias manobras e adiamentos, Cunha perdeu seu mandato parlamentar às 23h50 desta segunda-feira.
A sessão começou às 19h, mas foi adiada por uma hora depois que na primeira verificação de quórum o número de presentes estava abaixo dos 420 parlamentares – número mínimo que foi combinado pela Mesa Diretora para dar início à sessão. Apesar de o regimento permitir a abertura da sessão com 257 deputados no plenário, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM) combinou com os líderes que abriria a sessão apenas com a presença de 420 parlamentares. Segundo ele, por se tratar de uma decisão importante, era preciso haver quórum significativo.
Às 20h30, quando a sessão foi reaberta, mais de 450 deputados tinham registrado a presença. Em alguns momentos houve intenso bate-boca entre os poucos deputados que defenderam Cunha e a maioria que queria sua cassação.
Acostumado a estar sempre cercado de aliados, Cunha se viu isolado no plenário da Câmara durante a sessão que definiu o fim de seu mandato parlamentar. Acompanhado de um segurança, foi cumprimentado por poucos deputados ao longo da noite. Conversou com o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um de seus principais aliados que mais tentou aprovar requerimentos para adiar a votação. Outro deputado que defendeu ferrenhamente Cunha foi o mineiro Delegado Edson Moreira (PR)