Jornal Estado de Minas

PF deflagra 7ª fase da Operação Acrônimo

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a 7ª fase da Operação Acrônimo. O alvo principal é um primo em segundo grau de Thaís Pimentel,  ex-mulher do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Felipe Torres seria sócio de Pimentel numa rede do restaurante Madero em um shopping na cidade de Piracicaba (SP). Ele foi alvo de condução coercitiva e houve busca e apreensão em seus endereços.

A operação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ao todo foram dois mandados de condução coercitiva no Distrito Federal, Paraná e São Paulo. O segundo foi contra o empresário Sebastião Dutra, da empresa Color Print. Ele teria omitido notas fiscais falsas para uma empresa que fez obras no restaurante e para a campanha de Pimentel.

A Operação Acrônimo investiga esquema de corrupção envolvendo a liberação de empréstimos do BNDES e outros atos em troca de pagamento de propina para Fernando Pimentel. Na época dos supostos fatos ele era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo Dilma Rousseff, com ingerência no banco.
O petista não é alvo da ação desta terça-feira.

Em junho, a revista Época divulgou que o aporte no restaurante veio de uma propina de R$ 20 milhões paga pela montadora Caoa em troca de isenção fiscal dada por Pimentel enquanto ministro. A informação foi dada pelo empresário Benedito de Oliveira Neto, o Bené, operador de Pimentel, em depoimento de delação premiada. O dinheiro foi repassado para a Color Print por meio de contrato fictício. Essa gráfica atendia a campanha do petista.

Defesa

O advogado de defesa do governador Fernando Pimentel,  Eugênio Pacelli de Oliveira, disse na manhã desta terça-feira que "o governador nunca foi sócio de Felipe". Felipe Torres é primo em segundo grau da ex-mulher do governador.  Pimentel é casado atualmente com Carolina de Oliveira. No passado, ele foi casado com Thaís Pimentel.

Segundo Pacelli, o governador também não sabe  com que dinheiro foi aberto o restaurante  de Flávio.
"E também não sabemos sobre a utilização de recursos ilícitos", completou.  O advogado também destacou que Pimentel não foi intimado para depor sobre "fatos que não lhe dizem respeito". "Essa história envolvendo tal pessoa (Flávio Torres) é café requentado. Não tem nada de novo. Já existia antes da delação de Benedito. Ao que se vê, o Brasil vai se transformando em um grande hospital, no qual a preferencia são as operações. E sempre abertas ao público. Para destruir reputações o método é muito eficaz", afirmou Pacelli.

Com Agência Estado
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