Jornal Estado de Minas

Polícia Federal faz buscas para prender ex-prefeito fujão

A Polícia Federal ainda não conseguiu capturar o ex-prefeito de Januária Maurílio Arruda (PTC), que escapou dos agentes federais quando era levado preso na segunda-feira para a delegacia da PF em Montes Claros.

Maurílio, que é candidato à prefeitura de Januária, é suspeito de desviar R$ 1,03 milhão em obras de pavimentação, calçamento e drenagem de ruas na cidade. Nesta terça-feira, por meio de nota, a PF confirmou a fuga do ex-prefeito.


Ele era escoltado pelos agentes, sem algemas, seguindo súmula do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com testemunhas, quando o carro da PF passava por uma movimentada avenida no centro de Montes Claros, próximo a um posto de gasolina, Maurílio saltou do veiculo. Em seguida, subiu na garupa de uma motocicleta, que deixou o local rapidamente. Os policiais não puderam atirar devido ao movimento de pessoas no local.

Ouvido pela reportagem na tarde desta terça-feira, o advogado Antonio Adenilson Rodrigues Veloso, que defende Maurílio, disse que achou “estranha” como a fuga do seu cliente aconteceu.

“Ele não tinha motivos para fugir, pois também não existem motivos para a prisão, que foi relativa a fatos investigados em 2014”, afirmou Veloso. Ele alegou que seu cliente é inocente e que entrou com um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, pedindo a revogação da prisão. O advogado não respondeu se sabe do paradeiro de Maurílio.

O ex-prefeito teve prisão temporária decretada por cinco dias.

Com a fuga, a Policia Federal deverá pedir a decretação da prisão preventiva dele. “Mas não existe motivo para prisão preventiva, pois ele (Maurilio) não estava atrapalhando as investigações. Outro fato é que ele sempre ajudou nas investigações por ter interesse em que tudo seja apurado”, disse o advogado Antonio Adenilson Veloso.

Mesmo com a prisão, a candidatura de Maurilio a prefeito de Januária é mantida, tendo em vista que foi deferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), informou o delegado da PF Thiago Garcia Amorim, que comandou a operação em Januária. Ainda conforme a legislação eleitoral, como é candidato, a partir do proximo sábado (15 dias da eleiçao), ele não poderá ser preso até o dia da votação.

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