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Estado de Minas

Reduto eleitoral de Cunha vive polarização


postado em 14/09/2016 07:19 / atualizado em 14/09/2016 09:35

Ex-deputado Eduardo Cunha(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Ex-deputado Eduardo Cunha (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Itaboraí (RJ) - Na terça-feira, 13, dia seguinte à cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Itaboraí, a cidade na Região Metropolitana do Rio, se dividiu entre traídos e fiéis. Em 2014, o peemedebista obteve 17% dos 117 mil votos válidos do município de 230,7 mil habitantes. Foi a maior votação proporcional que ele obteve.

O agente funerário Jorge Moreira dos Santos, de 45 anos, conhecido como Jorginho do Gás, disse se arrepender do momento em que decidiu votar e fazer campanha para o peemedebista. "Ele dizia que ia fazer o bem e fez o mal. Cassação está muito bom", aprovou.

Foi o prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo (PMDB), quem convenceu Jorginho de que Cunha seria um bom parlamentar para a cidade. "Acreditei de verdade que seria um bom deputado. Agora, vem essa decepção. É desse jeito que nosso povo merece respeito?", protestava Jorginho, lembrando o bordão do comentário diário de Cunha na Rádio Melodia: "Afinal de contas, o povo merece respeito".

Foi por causa das inserções na Melodia que o funcionário público federal Laci Corrêa, de 49 anos, passou a admirar Cunha. Corrêa guarda na carteira um santinho do peemedebista de 2014. "Sempre gostei dele. Cunha fez emendas parlamentares, trouxe muita obra para Itaboraí, principalmente de saneamento. O erro dele foi pedir o impeachment de Dilma Rousseff. O governo antigo ficou contra ele. O impeachment foi aprovado, mas depois Cunha foi traído", disse o eleitor fiel.

Candidato à reeleição, apesar da resistência do comando do PMDB-RJ, o prefeito Cardozo, evangélico como Cunha, foi indicado pelo então deputado para disputar a prefeitura em 2012. Em 2014, o prefeito retribuiu e se empenhou na campanha por Cunha, parlamentar mais votado na cidade.

Impacto


Cardozo argumenta que a cidade sofreu forte impacto nas contas públicas por causa da crise da Petrobrás, que paralisou as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um dos maiores empreendimentos da estatal, no qual foram investidos até agora R$ 45,5 bilhões.

A suspensão das obras provocou desemprego e queda abrupta na arrecadação de impostos. "Vou fechar o orçamento deste ano em R$ 450 milhões. Já tive R$ 980 milhões", disse o prefeito.


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