Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará nesta quinta-feira, 15, sua própria defesa política, ao abrir a reunião do Diretório Nacional do PT, em São Paulo. O tom adotado será emocional, não jurídico. Lula está convencido de que a Operação Lava Jato tem o objetivo de desconstruir sua imagem, acabar com o PT e barrar uma eventual candidatura dele ao Palácio do Planalto, em 2018, tornando-o "ficha suja".
Leia Mais
Planalto e PT avaliam que 'Fora, Temer' se enfraquece após denúncia contra LulaProcuradoria não pediu prisão de LulaDenúncia contra Lula demonstra que ninguém está a cima da lei, diz líder do PSDBProcurador não apresentou uma prova, diz Lindbergh sobre denúncia contra LulaDenúncia conta Lula repercute na imprensa internacionalTeori confirma Lula nas mãos de Moro, mas retira termo 'embaraçar as apurações'O ex-presidente participou nesta quarta de uma reunião do Conselho da Presidência do PT, formado por dirigentes, parlamentares e governadores petistas além de intelectuais sem vínculo formal com o partido. Ao final da reunião, quando se preparava para almoçar, um assessor mostrou, na tela do celular, as primeiras notícias sobre a denúncia da Procuradoria da República.
O próprio Lula tocou no assunto de forma lateral durante a reunião. Alguns participantes defenderam que o ex-presidente assuma o comando do PT como forma de dar unidade e orientação para o partido na oposição ao governo Michel Temer. Lula declinou com dois argumentos. O primeiro é a necessidade de renovação da sigla.