O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disse, em pronunciamento nesta quinta-feira, sobre as denúncias apresentadas contra ele pelo Ministério Público na Lava-Jato, que estava fazendo uma declaração como "um cidadão indignado com as coisas que aconteceram e estão acontecendo neste País". E mais: o petista afirmou que, caso se comprove qualquer denuncia contra ele, se entregaria. "Provem uma corrupção minha que irei à pé me entregar à polícia.", disse.
Lula disse ainda que se manté tranquilo. "Todas essas denúncias, tenho a consciência tranquila, e mantenho o bom humor, porque me conheço, sei de onde vim, sei para onde vou, sei quem me ajudou a chegar onde estou, sei quem quer que eu saia, sei quem quer que eu volte", afirmou.
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O ex-presidente da República falou ainda sobre o passado na vida sindical e alegou de que era um espaço muito limitado para a sua atuação, pois queria olhar mais para a cidade, para o País, por isso decidiu criar um partido político. "Tenho orgulho de ter criado o mais importante partido de esquerda da América Latina." No pronunciamento, o petista disse que renovação e alternância de poder faz muito bem à democracia.
Dilma
Lula disse que tinha como "quase profissão de fé não errar" quando assumiu a Presidência da República em 2003 e que foi vítima da mesma tentativa que tirou sua sucessora, Dilma Rousseff, do poder.
Fazendo um relato histórico sobre o período que tentou, como metalúrgico, chegar à Presidência, ele falou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a oposição sempre acreditavam no fracasso do PT no governo.
O ex-presidente da República também falou que tentaram fazer com ele, em 2005, o que fizeram com Dilma Rousseff em 2016, ao tirá-la do comando do País. "Quando começamos a dar certo na Presidência tentaram fazer o que fizeram em 2005 com a Dilma agora, com o tratamento de uma parcela da mídia brasileira e uma parcela no judiciário", falou.
Ele também disse que sofreu muito preconceito com a ideia de se criar o PT. "Os trabalhadores até tinham medo da gente, porque os que nos atacam hoje falavam que eu era comunista."
Com Agência Estado.