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Estado de Minas

Esquema de corrupção envolvendo Mantega foi delatado pelo empresário Eike Batista

Em depoimento ao Ministério Público Federal, Eike declarou que, em 1º de novembro de 2012, recebeu pedido do então ministro Guido Mantega para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões ao PT


postado em 22/09/2016 08:37 / atualizado em 22/09/2016 10:41

O nome da operação,
O nome da operação, "Arquivo X", é uma referência ao grupo de Eike Batista, cujas empresas traziam o X nas logomarcas (foto: Luis Macedo/Camara dos Deputados )

A OSX, que tinha o empresário Eike Batista como presidente do Conselho de Administração, também é alvo desta 34ª fase da operação Lava-Jato, deflagrada nesta quinta-feira. O nome da operação, "Arquivo X", é uma referência ao grupo do Eike, cujas empresas traziam o X nas logomarcas. Não há mandados contra o empresário.

Em depoimento ao Ministério Público Federal, Eike declarou que, em 1º de novembro de 2012, recebeu pedido do então ministro Guido Mantega para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões ao PT. Para operacionalizar o repasse da quantia, o executivo da OSX foi procurado e firmou contrato ideologicamente falso com empresa ligada a publicitários já denunciados na Operação Lava Jato por disponibilizarem seus serviços para a lavagem de dinheiro oriundo de crimes.

Após uma primeira tentativa frustrada de repasse em dezembro de 2012, em 19 de abril de 2013 foi realizada transferência de US$ 2,35 milhões, no exterior, entre contas de Eike Batista e dos publicitários.

Prisão


O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega está detido na sede da Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo. Mantega foi preso temporariamente na manhã desta quinta-feira, quando foi deflagrada a nova fase da operação Lava-Jato. Ele será levado ainda nesta quinta para Curitiba, sede das apurações sobre os desvios de dinheiro na Petrobras.

Mantega recebeu voz de prisão logo cedo no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde acompanhava uma cirurgia da mulher, que luta contra um câncer.

Ele é suspeito de cobrar propinas no esquema de corrupção da Petrobras. O negócio investigado é o contrato para duas plataformas de exploração de petróleo P-67 e P-70, para as camadas do pré-sal, de consórcio formado pelas empresas Mendes Junior e OSX.


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