O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse nesta quinta-feira que a prisão temporária do ex-ministro Guido Mantega hoje foi "uma infeliz coincidência". Mantega foi preso no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, onde acompanhava a mulher, que está internada para se submeter a uma cirurgia. "Mas não há como não cumprir um mandado judicial", justificou o procurador, integrante da força-tarefa da Operação Lava-Jato, que inclui o Ministério Público, a Polícia Federal, a Receita e a Justiça Federal no Paraná.
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O delegado da Polícia Federal, Igor Romano de Paula, disse ainda que não houve nenhum tipo de constrangimento na prisão do ex-ministro da Fazenda nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Paula negou que Mantega foi retirada do centro cirúrgico por policiais federais. Segundo o delegado, a prova disso é que Mantega falou ao telefone com policiais federais que estavam na casa do ex-ministro, em São Paulo, para cumprimento de mandado de busca e apreensão. N|os centros cirúrgicos não são permitidos uso de celulares.
Paula informou que estavam na casa de Mantega, quando a PF chegou, uma empregada e um filho menor de idade do ex-ministro, de 16 anos. "Ele (Mantega) foi informado disso e pediu para acompanhar as buscas da polícia em sua casa", afirmou o delegado.
Também de acordo com o delegado - que nesta quinta-feira participou de uma coletiva da força-tarefa da Lava-Jato, em Curitiba, no Paraná-, Mantega teve o pedido atendido e, em seguida, foi levado para a sede da Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo.