Jornal Estado de Minas

Benefício do bolsa família será dado a trabalhador fichado, diz ministro

O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, disse nessa sexta-feira que o governo vai publicar até o mês que vem o decreto que modifica as regras do Bolsa-Família. A principal mudança será a manutenção do benefício por dois anos para as pessoas que conseguirem emprego formal. Segundo ele, o beneficiário continuará recebendo a assistência do programa, junto ao salário. Depois desse período, seu cartão ficará “hibernando” para que, no caso de perda de emprego, ele volte a receber o benefício.


O objetivo do Palácio do Planalto é induzir um salto na formalização do emprego, já que, para não perder o benefício, parte dos beneficiados pelo Bolsa-Família se recusa a ter a carteira de trabalho assinada. Com a transferência de beneficiários ao mercado de trabalho formal, o governo aposta que, no médio prazo, conseguirá reduzir o número de famílias assistidas pelo programa, embora não tenha traçado uma meta para isso. OsmarTerra pondera, no entanto, que essa diminuição dependerá da capacidade da economia de gerar mais oportunidades de trabalho.


O ministro disse, ainda, que o governo pretende premiar, com transferência de recursos a programas sociais, as prefeituras que conseguirem emancipar mais famílias do programa. O valor do prêmio vai depender do tamanho do município e da proporção de pessoas que passarem a não depender mais do Bolsa-Família.
“O Bolsa Família não vai sofrer nenhuma mudança em sua essência. O que procuramos é fazer algumas alterações que permitam o processo em direção à autonomia das famílias.

É mais no sentido de ensinar a pescar e não só ficar dando o peixe”, afirmou Terra.

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