O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, sinalizou neste domingo, 25, em Ribeirão Preto (SP), que uma nova etapa da Operação Lava-Jato vai ser deflagrada nesta semana. Em uma conversa com representantes do Movimento Brasil Limpo, sobre o futuro da investigação e da ação conjuntas entre Ministério Público Federal e Polícia Federal (PF), Moraes disse que a Lava-Jato prosseguiria e emendou: "Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim", disse o ministro em um evento de campanha do deputado federal Duarte Nogueira (PSDB), candidato a prefeito no município paulista.
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Presos na Lava-Jato fazem exame de corpo de delito em CuritibaSupremo autoriza apuração sobre fatos delatados por Sérgio Machado na Lava-Jato Em SP, Gilmar Mendes diz que prisão de Mantega pela Lava Jato foi 'confusa'Crise na segurança deixa Alexandre de Moraes na berlindaMinistro da Justiça tira a Polícia Federal de sua segurança pessoalEx-ministro Antônio Palocci é preso na Lava-JatoTSE recebeu mais de 32 mil denúncias de irregularidades pelo aplicativo PardalMoraes comentou também a tentativa da Câmara de aprovar um projeto para anistiar a criminalização do caixa 2 em campanhas eleitorais passadas e punir apenas as possíveis ações futuras. Segundo ele, o governo defende uma maior criminalização e uma pena maior da prática e "obviamente jamais uma extinção de punibilidade, uma abolição", disse. "O que nós defendemos é punir mais forte o caixa 2.
Repatriação
Sobre a tentativa de deputados federais de mudar a lei de repatriação, que descriminaliza a reentrada no País de recursos não declarados no exterior, e ainda as ações como a feita pelo Solidariedade ao Supremo Tribunal Federal (STF) para permitir que políticos e ocupantes de cargos públicos também possam se beneficiar da prática, o ministro comentou que a Câmara discute uma "modulação" da legislação. Para ele, se a medida for aprovada, é passível, como qualquer outra, de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no STF, uma decisão que seria política do Congresso. "Obviamente, se houver algum tipo de exagero que acabe atuando para descriminalizar outras condutas que não seja somente a evasão de dinheiro, por vício de iniciativa o Supremo pode se manifestar", disse.
Moraes acrescentou que o governo não tem qualquer problema ou temor em relação às possíveis revelações que o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) possa fazer em um livro prometido para antes do Natal sobre os bastidores do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que levou Michel Temer (PMDB) a assumir o cargo. "Governo não tem nenhum problema em relação a isso, é absolutamente tranquilo sobre a decisão tomada soberanamente da Câmara dos Deputados, um poder independente, e, assim como os demais brasileiros, todos vamos aguardar o livro", concluiu..