Os vereadores Gilson Reis (PCdoB), Arnaldo Godoy (PT) e Pedro Patrus (PT), candidatos a reeleição, estão sendo alvos de uma campanha apócrifa nas ruas de Belo Horizonte. No caso de Gilson Reis, a fachada de seu escritório político no bairro Padre Eustáquio, zona noroeste da cidade, amanheceu na quarta-feira passada colada com cartazes contra ele. Os postes do bairro também.
Ontem, os mesmos cartazes começaram a ser vistos na zona sul de Belo Horizonte e panfletos com o mesmo teor foram deixados nas caixas de correio de casas e apartamentos no bairro Padre Eustáquio. Imagens de segurança das câmaras do escritório do vereador mostram um grupo de cinco jovens colando o material durante a madrugada. O vídeo (confira logo abaixo) já está com a Polícia Federal, responsável por investigar crimes eleitorais.
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Ideologia de gênero provoca bate-boca na Câmara de Belo Horizonte PF investiga folhetos apócrifos contra candidatos em RoraimaPT acionará PF para apurar e-mail apócrifo contra DilmaCita ainda que ele tentou inclusão da ideologia de gênero na votação do Plano Municipal de Educação, em dezembro passado, aprovado pela Câmara Municipal sem nenhuma referência à essa questão. Gilson Reis disse que já sabe quem são os autores dos cartazes, mas preferiu não citar nomes antes da conclusão das investigações pela Polícia Federal.
“Eu não sou contra a família. Pelo contrário, sou a favor. Existem muitos tipos de família hoje no Brasil e todas devem ser seus direitos preservados e garantidos”, defendeu o vereador. Segundo ele, a proposta que a bancada do PT e do PCdoB tentou incluir no Plano Municipal de Educação tinha a intenção de “incluir os estudantes homoafetivos nas escolas”. “Existe uma grande evasão escolar dessas pessoas por falta de apoio nas escolas”.
O advogado do candidato, Thiago Camargos, disse que já foi entregue uma denúncia à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público, que já investiga o caso. “Esse tipo de coisa não contribuiu em nada para a democracia e só deseduca a população”. Segundo ele, os autores podem ser condenados a prisão já que divulgar informações falsas contra candidatos é sujeita a punição de até três anos de detenção.
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