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Estado de Minas

Foi tremenda coincidência prisão de Palocci após fala de Moraes, diz Brasil Limpo

O líder do movimento disse que a presença de um ministro na campanha é uma agenda complexa.


postado em 26/09/2016 11:01 / atualizado em 26/09/2016 13:06

O engenheiro Marcos Spinola, líder do movimento Brasil Limpo em Ribeirão Preto (SP), afirmou nesta segunda-feira, 26, ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), que foi uma "tremenda coincidência" a prisão do ex-ministro Antonio Palocci após a visita do ministro da Justiça Alexandre de Moraes à cidade paulista, no domingo.

Em um evento de campanha do deputado federal Duarte Nogueira (PSDB) à prefeitura local, Moraes declarou a membros do Brasil Limpo que uma nova fase de Operação Lava Jato iria ocorrer esta semana. Palocci, ex-prefeito de Ribeirão Preto, foi preso na 35ª fase da operação, na manhã desta segunda.

"Eu acho tremenda coincidência. O ministro para vir fazer apoio a um candidato depende de uma agenda complexa. A questão da prisão foi mera coincidência", frisou Spinola.

Segundo ele, na conversa que tiveram com Moraes, o ministro foi cobrado pela continuidade da Lava Jato. "Aproveitamos a vinda de um ministro da Justiça, pedimos a ele o que defendemos há dois anos: que, por favor, o Brasil precisa que o senhor dê total continuidade à Operação Lava Jato", emendou.

O líder do Brasil Limpo considerou ainda como uma "vitória" a prisão de Palocci, "que faz valer a pena termos ido às ruas", na série de protestos contra a corrupção e pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. "Ribeirão Preto já conhecia a história do Palocci e, no governo federal ele conseguiu escapar, com o arquivamento de processos, deixando de fora a investigação", concluiu.

Já o PT de Ribeirão Preto ainda procura digerir a prisão do maior líder do partido na história da cidade e também de Juscelino Dourado, que foi secretário de Palocci e um dos principais assessores do ex-ministro quando ele governou o município.

O presidente municipal do partido, vereador Jorge Parada (PT), procurado na manhã desta segunda, adotou o silêncio. Um assessor atendeu o celular do vereador e informou que ele estaria em uma reunião, que não poderia comentar no momento e que ligaria mais tarde, o que ainda não ocorreu.


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