Se ficar comprovado que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, sabia e antecipou a realização de uma nova fase da Operação Lava-Jato, ele poderá ser enquadrado no artigo 325 do Código Penal, que fala sobre violação de sigilo funcional. Segundo a legislação, um funcionário público comete crime contra a administração quando revela um fato de que tem ciência em razão do cargo e que deveria permanecer em segredo.
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PF nega ter informado ministro da Justiça sobre prisão de Palocci Juscelino Dourado, ex-chefe de gabinete de Palocci, também foi presoFoi tremenda coincidência prisão de Palocci após fala de Moraes, diz Brasil LimpoPalocci arrecadou R$ 128 milhões em propina da Odebrecht para o PT em 6 anosMoraes teve reunião com superintendente da PF 2 dias antes de antecipar operaçãoNo domingo, em uma conversa com integrantes do movimento Brasil Limpo, Moraes afirmou, em Ribeirão Preto (SP), que uma nova etapa da Operação Lava Jato seria deflagrada nesta semana. "Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim", disse.
Nesta segunda-feira, 26, o ex-ministro Antonio Palocci foi preso na 35ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Omertà.
Também nesta segunda, a PF negou em nota que Moraes soubesse da operação.
Um ex-integrante do Ministério da Justiça diz que o titular da pasta recebe informações sobre a movimentação de efetivo ou de diárias que devem ser pagas à PF e pode inferir que uma operação será deflagrada, mas mesmo assim não poderia fazer nenhum comentário a respeito.
Nesta segunda, Moraes voltou a negar que soubesse da operação e afirmou que fez o comentário de maneira genérica..