Brasília, 28 - O líder do PTB na Câmara dos Deputados, Jovair Arantes (GO), classificou como "barbaridade" e um "atentado contra a democracia" o assassinato do candidato do PTB à prefeitura de Itumbiara (GO), José Gomes Rocha, na tarde desta quarta-feira. Arantes testemunhou o crime.
"O que aconteceu foi uma barbaridade, um atentado contra a democracia, contra os sonhos da cidade, contra a família de Itumbiara, contra as pessoas da região", afirmou Arantes ao Broadcast Político. "Nosso candidato era amado pela cidade. Foi a maior liderança individual que já conheci", disse.
Arantes conta que a carreata em que ele e José Gomes Rocha participavam era o praticamente o primeiro grande ato público da campanha do candidato do PTB. "Os atos que tinham sido feitos antes foram apenas o lançamento da candidatura e algumas reuniões. Seria o primeiro e único ato hoje", afirmou.
O líder do PTB diz que a população estava "entusiasmada" com o ato público. "Não parecia carreata pedindo voto, parecia carreata da vitória", conta. "Do nada surgiu esse rapaz.
Rodrigues trocou tiros com o acusado de matar o candidato e matou o autor do crime, mas também acabou morto. O vice-governador de Goiás e Secretário da Segurança do Estado, José Eliton, que também participava da carreata, foi baleado.
Jovair Arantes afirma que o autor dos disparos é um "adversário político" do candidato na região. O líder do PTB afirma que somente após o velório de José Gomes Rocha é que eles vão decidir o futuro da chapa, que deve seguir na disputa eleitoral. O primeiro turno está marcado para o próximo domingo, 2 de outubro.
Histórico político
O candidato do PTB a prefeito de Itumbiara já tinha sido prefeito da cidade por dois mandatos. O primeiro deles começou em 2004, quando ainda estava no PMDB. Em 2008 foi reeleito para um novo mandato, com 84,4% dos votos. Em 2012, elegeu seu então vice-prefeito, Chico Balla (PTB), como seu sucessor.
José Gomes Rocha também foi deputado federal por quatro mandatos, entre 1989 e 2003.
O candidato assassinado foi um dos 38 deputados que votaram contra a abertura do processo de impeachment de Collor na Câmara, na sessão do dia 29 de setembro de 1992. (Igor Gadelha - igor.gadelha@estadao.com).