A análise das mensagens e documentos apresentados espontaneamente por eleitores à autarquia ficou a cargo da Ouvidoria Eleitoral e gerou o pedido de providências. Antônio Fabrício disse que o sucesso da iniciativa pode ser medido em relação às campanhas dos últimos anos, quando a autarquia recebeu apenas 20. Em razão disso, o presidente da OAB-MG anunciou também que vai manter um plantão na sede da entidade para receber denúncias de forma presencial. “Esse significativo aumento pode ser atribuído por uma maior conscientização do eleitor e também pela maior intimidade deles com os smartphones. Com essa facilidade, nós recebemos documentos, fotos e vídeos para embasamento das denúncias.”
Depois das eleições, Antônio Fabrício disse que será mantido o aplicativo para que se possa concluir o segundo passo do trabalho. Isso porque serão apresentadas as prestações de contas, o que deve gerar novas denúncias. “Campanhas em desacordo com o limite de gastos informado pela Justiça Eleitoral e promessas de benefícios em troca do voto configuram abuso eleitoral”, explicou o presidente da OAB-MG. Segundo ele, as denúncias mais frequentes são propaganda irregular, compra de votos e oferecimento de vantagens indevidas ao eleitor, nesta ordem. “Ainda temos candidatos que oferecem gasolina, bonés e camisetas aos cidadãos, apesar da proibição”, concluiu.
As denúncias foram entregues ao promotor de justiça Edson de Resende Castro, da Coordenadoria de Apoio Eleitoral do Ministério Público Eleitoral.