Marlene disse que é nova na política, mas avalia, com base no corpo-a-corpo com o eleitorado, que a população não quer ataques, e sim propostas. "O candidato tem que levar propostas ao eleitorado, tem que falar da cidade e da desigualdade social, mas existem ainda essas rasteiras."
Ela não quis entrar na polêmica das críticas dos adversários, dizendo que as propostas são o ponto chave de uma campanha. "Temos de trabalhar para os menos favorecidos, é um momento de colocarmos nossas propostas, vamos para o segundo turno, independentemente das pesquisas."
Segundo ela, a sua presença na chapa ajudou a dar serenidade aos ânimos internos, principalmente com o acirramento dos ataques dos adversários e a queda nas pesquisas. "Converso muito com o Celso e disse que isso faz parte da política, que ele é do bem, mesmo com a tentativa de desconstrução dos adversários, vamos focar no que é melhor, que são nossas propostas. Nós mulheres temos esse papel importante de conciliar."
Em entrevista à TV Estadão, na série com os candidatos a vice que disputam a Prefeitura da capital, Marlene disse que são naturais as oscilações nas pesquisas de intenção de voto, pois Russomanno liderava com folga a corrida, no início da campanha, e nesta reta final aparece em segundo lugar, com tendência de queda e ameaçado pelas candidaturas de Marta Suplicy (PMDB) e Fernando Haddad (PT).
Ela argumenta que sua coligação teve pouco tempo no horário eleitoral gratuito. "Tempo de TV é fundamental e temos tempo bem reduzido na TV, mesmo assim e com poucos recursos, creio no trabalho que estamos realizando e não tenho dúvidas de que estaremos no segundo turno."
Apesar de criticar a "política rasteira", disse que isso não deverá dificultar as eventuais alianças que sua coligação fará num eventual segundo turno. E reiterou que o principal é focar nas propostas. "O Celso é experiente e queremos trabalhar pela cidade de São Paulo", disse. "O eleitor quer saber de fato o que o candidato fará pela cidade, propostas concretas, pois resolver todos os problemas não tem como, ainda mais em uma cidade abandonada como São Paulo."
Na avaliação de Marlene, a mulher precisa ter um papel de maior destaque na política. Ela não acredita que o impeachment da primeira presidente da República eleita no Brasil, Dilma Rousseff, atrapalhará a inserção de mais mulheres nesta seara. Marlene disse que a primeira medida que a cidade precisa é na área da saúde. "Vamos informatizar todo o sistema", destacou.