No último debate entre os candidatos à prefeitura de Belo Horizonte, na Rede Globo, na noite desta quinta-feira, os candidatos adotaram uma postura mais agressiva contra o segundo colocado nas pesquisas Alexandre Kalil (PHS).
No primeiro bloco, em que eles fizeram perguntas de temas livres entre os candidatos, Luis Tibé (PTdoB) e Rodrigo Pacheco (PMDB) criticaram Kalil pelas dívidas com a prefeitura e citaram a falência de uma das empresas de Kalil. "Ele não tem capacidade de ser prefeito de BH. Deve IPTU e a aposentadoria de funcionários", atacou Tibé. O ex-presidente do Atlético rebateu afirmando que é diferente dos "candidatos deputados" que estão em Brasília "recebendo verbas públicas para não fazer nada". "Devo o IPTU porque sofro, sou pobre, sou igual a você eleitor, não tenho dinheiro como o deputado federal", disse Kalil.
O candidato do PMDB também partiu para o ataque a Kalil quando dirigiu a pergunta para Luis Tibé: "Qual o risco de se colocar na prefeitura uma pessoa despreparada?". O peemedebista ainda afirmou que Kalil "foi condenado pela Justiça do Trabalho e leva uma vida de marajá".
Reginaldo Lopes, candidato do PT, questionou o candidato do PSDB, deputado João Leite sobre um pronunciamento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) sobre o direito das minorias e perguntou se o tucano era a favor do relacionamento de pessoas do mesmo sexo. "Quero dizer que tenho minhas convicções pessoais e não abro mão delas. Todas as pessoas tem o direito de ser o que elas quiserem. Respeito isso", respondeu João Leite.
Por critério adotado pela emissora, foram convidados os concorrentes de partidos com representação superior a nove deputados na Câmara dos Deputados, conforme a legislação eleitoral, e ainda os que apresentaram índice superior a 5% na pesquisa Ibope divulgada no último dia 22 de setembro.Participam do debate os candidatos João Leite (PSDB), Alexandre Kalil (PHS), Luis Tibé (PT do B), Rodrigo Pacheco (PMDB), Délio Malheiros (PSD), Marcelo Álvaro Antônio (PR), Reginaldo Lopes (PT) e Sargento Rodrigues (PDT).
Segundo bloco
No segundo bloco, quando os temas a serem debatidos foram sorteados, os ataques entre os candidatos diminuíram, mas continuaram as críticas á atual administração e críticas ao governo federal.
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Kalil e Délio partem para o contra-ataque na reta final da campanha à PBHJoão Leite e Kalil estão mais próximos do 2º turno, diz pesquisaIbope mostra João Leite com 33% e Kalil com 25% na disputa pela PBH 'Ele agora perdeu a boca de aluguel', diz Kalil sobre críticas de João LeiteEquipe de Rodrigo Pacheco distribui adesivos contra Kalil em ato de campanhaO candidato Luis Tibé também criticou a atual gestão em relação aos problemas de mobilidade urbana. "O prefeito que está aí fez as ciclovias sem conversar com os usuários. Nas linha alimentadoras o serviço é horrível, os ônibus não são interligados e os ônibus são velhos", afirmou Tibé.
Alexandre Kalil, que vinha sendo atacado no primeiro bloco, passou a atacar a gestão de Marcio Lacerda e o PSDB ao fazer uma pergunta sobre a saúde pública em Belo Horizonte. "A saúde não pode esperar e ela está gravemente enferma. Quem tomou conta até agora foram o PSDB e o PSB", afirmou Kalil. Ele criticou os adversários, falando que "as promessas repetidas não resolvem mais".