O presidente Michel Temer declarou nesta sexta-feira não estar preocupado com a impopularidade que reformas propostas pelo seu governo possam causar. “Se eu ficar impopular e o Brasil crescer, eu me dou por satisfeito”, disse em São Paulo.
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Pensão por morte pode deixar de ser integralTemer cede e adia reforma da Previdência para depois da eleiçãoPrevidência pode ter 'gatilho' para idade mínima no longo prazo superar 65 anosReforma reduziria número de ações trabalhistasReforma trabalhista ainda carece de discussão mais profunda, dizem CEOsReforma da Previdência é tema primordial de pauta de longo prazo, diz TemerContrariando expectativas, reunião de Temer com Macri não será na Casa Rosada“A aprovação é fundamental para evitarmos a espiral inflacionária e a recessão. A dívida poderá chegar a 100% do PIB em 2024 ou antes. Será a falência do estado brasileiro”, afirmou. O presidente disse ter convicção de que a proposta será aprovada. “O Congresso hoje está muito consciente de que precisa colaborar com Executivo para que possamos sair dessa crise”, acrescentou.
Temer disse que a proposta vai colaborar para o crescimento econômico sustentável do país e evitará elevação de impostos. “Não queremos aumentar a carga tributária, porque, convenhamos, chegou ao limite”, disse.
Reforma trabalhista
O presidente da República comentou que a Justiça, a partir de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), vem fazendo readequações trabalhistas, como reduções salariais de 30%, pela interpretação da Constituição.
Essas decisões podem evitar, segundo Temer, a elaboração de propostas pelo governo federal de reformulação trabalhista, como prevista no projeto “Ponte para o Futuro”, que tem como objetivo garantir empregos e, assim, manter a arrecadação.
Ensino médio
Temer disse que a decisão de reformar o ensino médio considerou o baixo desempenho no índice de desenvolvimento da educação, que passou a apresentar uma curva descendente nos últimos anos. Segundo ele, por cerca de cinco anos, a matéria foi discutida, com pressuposto de manter disciplinas obrigatórias por um certo período, permitindo que, ao final, o aluno pudesse montar a sua grade de acordo com a graduação pretendida.
O presidente avalia que a reforma foi “bem recebida, com uma ou outra voz dissonante”. Ele citou que, na época em que era estudante, havia o colegial clássico e científico, em que os alunos cursavam uma especialização, modelo empregado na Europa e Estados Unidos. “Não me preocupa, porque essa matéria será debatida e aprovada fazendo uma grande revolução”, “Temos certeza que estamos dando um salto de qualidade na educação”, acrescentou..