A violência contra políticos em campanha em Minas Gerais teve seu pico e ganhou os holofotes nesta quarta-feira, quando foram registrados pelo menos quatro atentados em cidades dos vales do Jequitinhonha e Rio Doce e na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ninguém morreu, mas duas crianças ficaram feridas e houve prejuízo financeiro. As tentativas de intimidar ou matar candidatos ocorreram por meio de incêndios e tiroteios.
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No mesmo dia, o prefeito de Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, Gilberto Gomes da Silva (PPS), candidato à reeleição, foi o alvo de dois homens que passaram em uma motocicleta atirando em seu carro.
Já em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o ônibus da dupla sertaneja Antônio Carlos e Renato foi queimado perto do Bairro Monte Verde. Antônio Carlos, que concorre a prefeito no município, acredita que a motivação tenha sido política.
O motorista foi rendido por quatro homens em duas motos e teve de deixar o veículo. Em seguida, eles colocaram fogo no ônibus.
Ibirité
Em Ibirité, também na região metropolitana, o alvo foi o candidato a vereador Marcelo Adesivos (PHS). Ele teve de sair correndo para não ser queimado dentro do seu carro na Rua Bom Sucesso, no Bairro Durval de Barros. “Falaram para eu não fazer campanha naquela área e desobedeci, aí tentaram me matar”, afirmou o candidato.
Segundo ele, os homens chegaram a pé quando ele estava entrando no veículo, mas houve um estouro e Marcelo saiu correndo.
O Tribunal Regional Eleitoral informou que não houve pedido de envio de tropas federais para municípios mineiros. Já as possíveis solicitações de reforço policial são feitas a um gabinete de segurança institucional integrado pela Justiça Eleitoral, Ministério Público, Secretaria de Segurança Pública e Polícias Federal, Militar e Civil. O gabinete não fornece informações sobre os pedidos. Segundo o TRE, 43 mil policiais estarão nas ruas do estado no dia das eleições..