A dois dias das eleições, os candidatos a prefeito de Belo Horizonte saíram às ruas para pedir votos, na tentativa de garantir um lugar no segundo turno – marcado para 30 de outubro. Eles reforçaram as promessas aos eleitores e subiram o tom nas críticas aos seus adversários. É o caso do deputado estadual João Leite (PSDB), que deu mostras de que intensificará os ataques a Alexandre Kalil (PHS), seu provável adversário na próxima etapa da disputa – caso se confirmem as pesquisas de opinião. O tucano comparou Kalil à ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e disse que Belo Horizonte não pode se “arriscar” a eleger o ex-cartola atleticano.
Ao visitar o Taquaril, Região Leste de BH, João Leite disse que a cidade precisa de protagonismo e de alguém que saiba lidar com política. “Negar a política, nós vimos a consequência que teve no Brasil. Uma presidente isolada, que não conversou com o Parlamento e que não conversou com a população e produziu 12 milhões de desempregados. Creio que a crítica está benfeita e a população de BH vai poder avaliar quem tem mais experiência e trabalhou pela cidade”, afirmou ele, referindo-se às declarações de Kalil de que não é político.
Segundo João Leite, “não dá para fazer uma campanha dizendo que não tem proposta e vai fazer funcionar”. O tucano afirmou que a capital mineira exige mais de um candidato, que o momento do país é grave e que Minas Gerais sofre com o pouco financiamento para a saúde, por exemplo.
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Com restrição a doações, candidatos à PBH gastaram R$ 8 milhões em suas campanhasCandidatos saem às ruas para estreitar contato com eleitores Forças Armadas vão fazer a segurança em 15 estados neste domingoO candidato do PMDB, deputado federal Rodrigo Pacheco, também não poupou críticas ao adversário do PHS.
Esperançoso Mais comedido, o vice-prefeito Délio Malheiros (PSD) afirmou que seus concorrentes estão mais preocupados em se “atracar”, e, por isso, apresentaram propostas “susperficiais” nos debates televisivos realizados nesta campanha. “Estou tranquilo e esperançoso (de chegar ao segundo turno), represento uma transição sem riscos para a cidade”, disse o candidato, que na manhã de ontem fez campanha na Avenida Silviano Brandão, polo moveleiro localizado na Região Leste da capital. Délio ainda recebeu um documento com as principais reivindicações para o local, que abriga cerca de 4,5 mil trabalhadores diretos e gera uma arrecadação mensal de R$ 8,5 milhões em ICMS. Se eleito, assegurou que discutirá a questão com os comerciantes e lembrou que várias melhorias já foram feitas na região, como construção de um centro de saúde, unidades de pronto atendimento (Upa) e a institucionalização da avenida como polo moveleiro de Belo Horizonte.
Apesar de aparecerem com índices baixos nas pesquisas de intenção de votos, os demais candidatos a prefeito da capital mineira cumpriram uma série de compromissos de campanha. Eros Bionini (PROS) fez caminhada na região de Venda Nova, onde conversou com comerciantes e eleitores. Luís Tibé (PTdoB) também fez corpor a corpo no Taquaril, na Vila Cemig, no Bairro Itapuã, na Vila Acaba Mundo e no Morro do Papagaio.
Pela manhã, Reginaldo Lopes (PT) tomou café com a candidata a vice na chapa, Jô Moraes (PCdoB), fez caminhada no Centro e participou de panfletagem na Praça Sete. Sargento Rodrigues (PDT) caminhou com eleitores no Barro Preto e no Centro e, à noite, se reuniu com o Grupo Comunitário do Alípio de Melo. Maria da Consolação, do PSOL, fez panfletagem nos hospitais e se encontrou com multiprofissionais de saúde.
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