A Polícia Militar fez neste domingo um total de 275 conduções à delegacia de pessoas que suspostamente estavam cometendo crime durante as eleições nos municípios de Minas Gerais. Destes, 80 eram candidatos. A coorporação não soube precisar se há prefeitos envolvidos nos casos. Mais cedo, quando esse índice contabilizava 72 conduções, foi informado que 70 envolviam pessoas que disputam cargo de vereador e dois eram candidatos a vice-prefeito nas cidades de Campo do Meio e Romaria.
Arregimentar eleitores ou fazer propaganda de boca de urna no dia da eleição é crime conforme a Lei 9.504/1997. A pena varia de seis meses a um ano de detenção, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período e multa de R$ 5 mil a R$ 15 mil.
Como se tratam de crimes federais, os flagrados são encaminhados à Polícia Federal. A Polícia Militar fala em condução e não detenção porque os juízes de plantão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) precisam avaliar cada caso para decidirem se o flagrante de fato configura crime ou não.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também apresentou números após o encerramento da votação. De 150 candidatos presos no país, 43 seriam de Minas Gerais, estado que concentrou a maior quantidade de ocorrências. A divergência entre os dados da Polícia Militar e do TSE se dá porque muitos casos ainda são analisados pelos juízes de plantão. Dessa forma, o TSE ainda deve atualizar suas informações sobre candidatos presos.
Substituição de urna
Conforme o balanço final do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), 388 das 46.773 urnas utilizadas em Minas Gerais apresentaram defeito e precisaram ser substituídas. Em Belo Horizonte, houve substituição de 97 das 4.478 urnas eletrônicas.