Jornal Estado de Minas

PT encolhe em número de prefeitos eleitos e PSDB é o que mais cresce


O PT foi o maior derrotado das eleições desse domingo.

O partido, que desde sua criação sempre cresceu em número de eleitos a cada disputa municipal, sofreu um retrocesso significativo e terá em 2016 menos vitórias que em 2004.

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Em 5.570 municípios, o Partido dos Trabalhadores fez 256 prefeituras, contra 630 em 2012. Com esse resultado, o partido elegeu 4,5% dos prefeitos do País. Nas eleições de 2012, a taxa foi bem superior: 11,5%.

Outra medida do recuo petista é a queda do partido no ranking dos eleitos. Há quatro anos, o PT estava na terceira colocação, atrás apenas do PMDB e do PSDB. Neste ano, caiu para o décimo lugar.

A derrocada do PT foi especialmente forte nas capitais. No domingo, 2, o partido conquistou apenas Rio Branco, com Marcus Alexandre, que se reelegeu. Para o segundo turno, o PT se classificou apenas no Recife, com o ex-prefeito João Paulo, além de seis cidades do interior.

Crescimento

O PMDB manterá a posição de primeiro colocado no ranking, tendo conquistado 1.028 prefeituras, pouco mais do que o resultado de 2012 (1.021).
Do total das cidades com apuração encerrada, em 19% havia um peemedebista vitorioso. Em relação ao resultado de quatro anos atrás, houve crescimento de um ponto porcentual.

O segundo colocado no ranking também permanecerá o mesmo de 2012: o PSDB. Mas houve um crescimento significativo do partido, que elegeu 695 prefeitos há quatro anos e, em 2016, 793. É o maior avanço entre todas as legendas.

O porcentual de tucanos eleitos, que foi de 12,5% em 2012, passa para 15% neste ano. O número de eleitores que serão governados pelo partido terá um salto, principalmente por causa da vitória de João Doria em São Paulo, maior cidade do País.


Retração

O PSB, que foi a principal estrela de 2012, ao conquistar 130 prefeituras a mais do que nas eleições de quatro anos antes, agora teve um leve recuo. Elegeu 414 eleitos pelo partido, menos do que os 440 da disputa da eleição anterior.

O PRB, que em determinado momento chegou a liderar as pesquisas em São Paulo e no Rio de Janeiro, os dois maiores colégios eleitorais do País, cresceu em relação ao resultado de 2012, quando elegeu 79 prefeitos. Agora, fez 104 e ainda espera a eleição no Rio, onde Marcelo Crivella passou para o segundo turno.
Em São Paulo, Celso Russomanno ficou em terceiro lugar.

O PSOL cresceu 100%: passou de uma para duas prefeituras. Mas esse número poderá ainda subir - o partido disputará o segundo turno em duas capitais: Rio de Janeiro e Belém.

A Rede saiu de nenhuma prefeitura em 2012 para cinco vitórias neste ano. O partido poderá também eleger mais um prefeito, já que terá um candidato no segundo turno em Macapá. De todo modo, é um desempenho ruim para um partido que pretende levar Marina Silva à presidência em 2018.

No dia 30 ,haverá 55 disputas de segundo turno. Os três partidos com mais candidatos na rodada final serão o PSDB (19), PMDB (14) e PSB (9). .