Jornal Estado de Minas

Alianças no segundo turno para prefeito de BH estão indefinidas


Os candidatos derrotados no primeiro turno em BH preferem deixar para os próximos dias o anúncio de como vão se posicionar na disputa entre o deputado estadual João Leite (PSDB) e o ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil (PHS). Depois do resultado oficial do pleito, na noite de ontem, eles disseram que vão avaliar o quadro e conversar com seus pares para só depois anunciar eventuais apoios. Nos bastidores, porém, o tucano deve ficar com mais aliados.

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O deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB) comemorou o terceiro lugar e disse que não pensou ainda sobre quem apoiará no segundo turno. “Não tivemos conversa alguma, não pensamos em relação a isso. O que eu proponho e me preocupo mais é com a ideia que lançamos na campanha, e foi encampada por quase todos os candidatos, que possamos fazer um pacto suprapartidário por BH para resolver os problemas que detectamos”, disse. Pacheco, no entanto, nos últimos debates demonstrou mais afinidade com João Leite e foi bastante crítico a Kalil.

O deputado federal Reginaldo Lopes (PT) disse que sua posição pessoal é de não apoiar ninguém, mas vai conversar. “Ainda é muito cedo, mas tendo a não apoiar ninguém. Eu, pessoalmente, acho péssimo o cenário”, afirmou.
O vice-prefeito Délio Malheiros (PSD) também preferiu não se posicionar. “Não vamos resolver isso agora”, disse. A tendência, porém, é que ele fique com João Leite. Até porque, durante a campanha, afirmou que Kalil seria apoiado pelo PT do governador Fernando Pimentel, que considera o principal adversário.

O candidato do PR, deputado federal Marcelo Álvaro Antônio, afirmou que ainda não sabe quem vai apoiar. “Tenho que sentar com meu grupo político e fazer avaliações primeiro. Vamos iniciar as conversas a partir de amanhã”, afirmou. O deputado federal Eros Biondini (PROS) também preferiu adotar cautela.
É muito prematuro ainda, nem acabamos de fazer nossa avaliação interna”, afirmou.

Uma disputa acirrada


O candidato do PSDB, João Leite, venceu em 16 zonas eleitorais da capital, enquanto Alexandre Kalil (PHS) chegou em primeiro em duas. No entanto, na maior parte das zonas a disputa foi acirrada e a diferença entre os dois ficou abaixo de cinco pontos percentuais. Apenas em seis zonas a diferença entre João Leite e Kalil foi maior de cinco pontos, com vantagem para o tucano.

Na 30º zona eleitoral, onde estão os bairros Caiçara, Carlos Prates, Bonfim, Lagoinha, Aparecida e Sumaré, a disputa entre os dois candidatos que chegaram ao segundo turno foi mais apertada. Kalil venceu com 23,79% dos votos, seguido por João Leite, com 23,17%. Já na 34º zona, onde estão os bairros Santa Lúcia, Belvedere, Luxemburgo, Santo Antônio, Sion e São Pedro, o tucano teve a maior vantagem sobre Alexandre Kalil, com 33,81% dos votos, contra 15,39%..