Jornal Estado de Minas

Polícia investiga pichação homofóbica em casa de prefeito eleito no interior de Minas

Wirley foi eleito com 57,35% dos votos - Foto: Wellington Vieira/DestakNews Brasil/Divulgacao
A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando a pichação com dizeres homofóbicos feito na casa do prefeito eleito de Itapecerica, Wirley Rodrigues Reis, o Têko. A mensagem “Fora bicha. Aqui é 11. Viado,Viado” foi deixada na parede da casa onde ele vive com a mãe, na cidade do Centro-oeste do estado. O texto com as ofensas fazem referência à orientação sexual dele e trazem o número da chapa adversária.

Têko teve 7.890 votos, o que corresponde a 57,35%. O segundo lugar na apuração ficou com Dianese, do PP, que tentava a reeleição. Ele alcançou 5.867 votos equivalente a 42,65% .


O caso ocorreu na reta final da campanha e levou o então candidato a emitir nota de repúdio. chegou a um patamar que jamais pensei que fosse possível. “Acordei com uma pichação na minha casa com os dizeres “Fora bicha. Aqui é 11. Viado Viado”. Fui atacado de forma vil e covarde. Não só eu, mas toda uma sociedade que não aceita mais o preconceito, a intolerância e o ódio sem limites”, postou Wirley em uma rede social.


Ao comentar o assunto, Wirley disse que se sente “orgulho de quem ele é em todos os aspectos”. Ele ainda ressaltou que orientação sexual não deve ser medida de qualidade de qualquer pessoa. “A orientação sexual não descredencia um cidadão nem pessoal nem profissionalmente. Por isso, permanecerei sempre forte, orgulhoso de ser quem sou em todos os aspectos. Pessoas capazes de atitudes baixas e criminosas como esta merecem apenas nosso desprezo e os rigores da lei”, afirmou.

De acordo com o delegado da cidade, Thiago Albuquerque Vasconcelos, até o momento ninguém foi preso e não há suspeitos. “Já fizemos várias diligências, mas até o momento ainda não encontramos suspeitos. O crime ocorreu durante a madrugada e por isso não há testemunhas”, afirmou.

O delegado disse ainda que na rua há casas com câmeras, mas, devido a posição do aparelho não teve como ver a movimentação em frente ao imóvel.
As investigações seguem na cidade e o autor pode responder por injúria, danos ao patrimônio e danos morais..