Jornal Estado de Minas

Marcela Temer toma posse no cargo de embaixadora do Criança Feliz


Em seu primeiro discurso oficial, a primeira-dama Marcela Temer permaneceu dentro do script, sem improvisos. Com voz calma, fala pausada, ela leu nesta quarta-feira um texto curto na cerimônia de lançamento, no Palácio do Planalto, do Programa Criança Feliz. Marcela ocupará o cargo de embaixadora.

O programa será tocado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. A intenção declarada do governo com o lançamento deste programa é afastar a acusação de que não se preocupa com a área social. O Criança Feliz será vinculado ao programa Bolsa-Família.


Estreia


Até hoje, a mulher do presidente Michel Temer nunca havia feito pronunciamento, nem mesmo no período em que Temer ocupava a vice-presidência.

Entretanto, Marcela tem chamado a atenção pela beleza e discrição. Ficou conhecida nacionalmente na cerimônia de posse do marido, em 1º de janeiro de 2011, quando ele assumiu o cargo de vice-presidente ao lado da então presidente eleita Dilma Rousseff.
Temer e Marcela estão casados há 13 anos.

Depois da posse de Temer como vice, Marcela sumiu dos holofotes. Em abril deste ano, porém, com a iminência de se tornar primeira-dama, a revista Veja fez um um perfil da mulher de Temer, publicado um dia depois de a Câmara dos Deputados votar pela admissibilidade do impeachment de Dilma. A presidente eleita foi afastada do cargo em definitivo no dia 31 de agosto passado.

Bela, recatada e do lar


O título dado pela revista Veja para o perfil da primeira-dama foi "bela, recatada e do lar". O "retrato pintado" pela publicação de Marcela causou reação, principalmente, entre as feministas. Virou meme, viralizou, enfim, nas redes sociais e pela internet afora. A dona de casa Marcela Temer foi apresentada pela revista como uma mulher discreta, 43 anos mais nova que o marido e cujo principal projeto é ter mais um filho. Ela já é mãe de Michelzinho.


Criança Feliz


O programa Criança Feliz foi criado para estimular o desenvolvimento de habilidades e competências em crianças de 0 a 3 anos. O programa tem como referência uma proposta similar chamada Primeira Infância Melhor (PIM,) criado e implantado no Rio Grande do Sul em 2003.

Para sair do papel, o governo federal pretende contratar em torno de 80 mil pessoas com ensino médio para fazer o atendimento presencial aos filhos de beneficiários do programa Bolsa-Família, hoje em torno quatro milhões de família.

Esses novos servidores serão destacados para visitas semanais ou quinzenais às famílias. O objetivo é acompanhar o desenvolvimento das crianças. Para dar início ao programa, ainda este ano, estão previstos desembolso de R$ 80 milhões..