Além da reunião com os governadores nesta quinta-feira, o presidente Michel Temer deu entrevista em que sugeriu que os resultados das eleições municipais, com vitória de candidatos do PSDB e PMDB no primeiro turno, sejam reflexo de uma aprovação do impeachment de Dilma Rousseff (PT) pelos brasileiros. Temer foi indagado se achava que o PSDB, apesar de aliado, ficaria no “calcanhar do governo’ para tentar se diferenciar com foco nas eleições de 2018.
Os tucanos venceram as eleições municipais em 12 cidades no primeiro turno, como em São Paulo, com João Doria, e em outra capital estadual, Teresina, com Firmino Filho. Ainda disputam outras 19 prefeituras no segundo turno, incluindo Belo Horizonte, com João Leite.
Já o PMDB terminou o primeiro turno com sete prefeitos eleitos, sendo uma capital (Boa Vista, com Teresa Surita). No segundo turno, pode vencer em outras 15.
Temer evitou comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), pela qual os réus deverão ser presos depois de condenados por um tribunal de segunda instância, sem o direito de recorrer em liberdade até que sejam julgados todos os recursos possíveis.
Em fevereiro, o tribunal tinha tomado essa decisão, mas com validade apenas para um preso específico. Agora, a regra terá de ser aplicada por juízes de todo o país, porque a nova decisão tem validade nacional. “Respeito institucionalmente a decisão de quem dá a última palavra judicial no nosso país”, disse Temer.