O resultado nas eleições municipais de partidos aliados do presidente Michel Temer (PMDB) deu fôlego para o avanço da agenda de reformas no Congresso, avaliam parlamentares que integram a base do governo.
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Ao longo da semana, o governo contou com uma série de demonstrações de apoio à PEC do Teto. Sete partidos - que representam 266 votos - fecharam questão a favor da proposta. Ainda há apoios a conquistar, uma vez que são necessários 308 votos. Na comissão especial, o parecer do relator Darcísio Perondi, foi aprovado no início da noite de quinta-feira, 6, por 23 votos a favor e 7 contra.
Para o senador José Aníbal (PSDB-SP), essa postura mais austera da base é "consequência direta" do resultado das urnas. "As eleições disseram isso claramente", disse.
Para o presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), o resultado das urnas facilita o encaminhamento do ajuste no Congresso. Mas ele ressalva que, apesar das críticas do PT de que as reformas vão retirar direitos dos brasileiros terem sido rechaçadas pelas urnas, ainda é preciso convencer a sociedade da necessidade das medidas.
Para tucanos, o resultado das urnas alçou o PSDB ao posto de maior vitorioso do processo eleitoral, fazendo com que Temer respeite ainda mais a sigla e o leve à condição de principal partido da base.
"Os partidos da base são mais protagonistas e se consolidaram com o resultado das eleições. Agora cada partido é o governo e o sucesso do governo é o sucesso do partido", disse o líder do PSD, Rogério Rosso (DF). .