Em resposta à Procuradoria Geral da República, o Palácio do Planalto reagiu e divulgou uma nota argumentando que a PEC 241, que visa impor um teto às despesas públicas, adota os mesmos parâmetros para os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e para o Ministério Público, em igual proporção. “Não há qualquer tratamento discriminatório que possa configurar violação ao princípio da separação dos poderes”, aponta a nota, que reforça a posição de a emenda não fere a Constituição.
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PEC que limita gastos públicos engessará muito a Justiça, diz presidente do STJOposição vai ao STF para suspender tramitação da PEC do teto de gastosProcuradoria diz que PEC que limita gastos públicos é inconstitucionalCâmara dos Deputados vota hoje teto para gastos públicosTemer recebe deputados para definir estratégia de aprovação do limite de gastosTemer recebe deputados da base aliada para pedir aprovação da PEC do teto Rodrigo Maia rebate PGR e defende PEC do TetoPalácio ameaça retaliar quem votar contra limite de gastosLeia o posicionamento do Palácio do Planato na íntegra:
“Sobre Nota Técnica de servidores da Procuradoria-Geral da República sobre a PEC nº 241/2016, esclarecemos:
- A PEC cria o mesmo critério de limite de gastos para todos os Poderes e para o Ministério Público em igual proporção e dimensão de valor, não havendo qualquer tratamento discriminatório que possa configurar violação ao princípio da separação dos Poderes;
- A Constituição já impõe limites à autonomia administrativa e financeira dos Poderes e do Ministério Público e estabelece que as propostas orçamentárias serão realizadas dentro dos limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias (arts. 99, §1º e 127, §3º);
- Se até mesmo a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) pode estabelecer limites claros à iniciativa orçamentária dos Poderes e do Ministério Público, evidente que a própria Constituição, por meio da PEC nº 241/2016, pode estabelecer quais serão estes limites.”.