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Nova rodada de críticas
O candidato do PSDB à Prefeitura de BH, João Leite, desdenhou ontem um possível apoio do prefeito Marcio Lacerda (PSB) à sua candidatura no segundo turno. Em visita ao Barreiro, o tucano afirmou que é o candidato “da mudança da gestão em BH” e fez novas críticas à atual administração.
Apesar disso, ao ser questionado se aceitaria o apoio de Lacerda, João Leite disse respeitá-lo, mas o que quer mesmo receber é o das pessoas. “Tenho compromisso com as pessoas de BH, com as crianças, com os idosos e as pessoas que enfrentam a fila do SUS. Essa é a aliança e esse é o apoio permanente de que preciso”, disse.
João Leite afirmou que quem tem que responder sobre quem vai apoiar é o prefeito. “Gostaria do apoio de todos, especialmente daqueles que falam comigo e mostram as dificuldades que vêm vivendo em BH. A decisão de votar é livre das pessoas, isso está no 5º artigo da Constituição brasileira, nos direitos e garantias fundamentais”, ironizou. O candidato disse ainda ser alguém “diferente”, que pensa e dialoga com as pessoas.
Até as vésperas do registro das candidaturas, o PSDB fazia parte do governo Marcio Lacerda. Os tucanos tentaram trazer o apoio do prefeito para João Leite, mas o socialista se negou e insistiu em lançar a candidatura do engenheiro Paulo Brant.
O tucano disse ter conversado com uma senhora que espera por cirurgia há mais de um ano e com um comerciante que viu seu espaço ser invadido por um ponto de ônibus articulado, que dificultou suas vendas. “Não é possível fazer as coisas sem conversar com a cidade e com os comerciantes”, criticou.
João Leite caminhou pela Avenida Sinfrônio Brochado, a principal do Barreiro, e conversou com os comerciantes. O candidato afirmou que, se eleito, a prefeitura será parceira dos comerciantes, facilitando os empreendimentos. Disse ainda que vai criar linhas de transporte de bairro a bairro para melhorar o deslocamento na cidade e reduzir a estrutura administrativa do município. “Teremos uma máquina enxuta, uma máquina pequena, que gasta pouco para a gente ter dinheiro para gastar com as pessoas”, afirmou João Leite.
Recuo depois dos elogios
O PCdoB anunciou ontem apoio ao candidato à Prefeitura de BH Alexandre Kalil (PHS), neste segundo turno. Segundo o partido, a decisão tem por objetivo combater “forças golpistas”. Questionado sobre a decisão do PCdoB, Kalil disse que o apoio na verdade não é a ele, mas contra João Leite (PSDB). “Eles soltaram uma nota dizendo que onde o João Leite estiver eles estarão do outro lado, o que é muito bem-vindo.
Horas depois, porém, Kalil soltou um vídeo nas redes sociais criticando a carta de apoio do PCdoB, que cita a defesa do governador Fernando Pimentel e tacha o PSDB como golpista como motivos para apoiar o candidato do PHS.
“Não sou candidato de partido nenhum. Não coloquem partidos no meu peito. Não coloque estrela no meu peito, não colo em partido. Se é golpismo, eu estou fora dessa briga de golpista ou não golpista. O que me interessa é você que é indeciso, que tem a responsabilidade de votar pra ajudar a população de Belo Horizonte”, disse Kalil no vídeo postado em seu perfil no Facebook.
O ex-presidente do Atlético também ironizou o provável apoio do prefeito Márcio Lacerda a João Leite. “O João Leite vai ter que falar agora que tudo que ele esculhambou na prefeitura, da qual ele fez parte. Era mentira.
Em nota, o PCdoB diz saber que Kalil construiu um discurso contra a política no primeiro turno, “um discurso que não ajuda na construção e resistência democrática”, mas considerou que ele pode impor uma derrota aos tucanos. O partido informou que vai entregar ao ex-cartola uma lista de 15 propostas para áreas diversas. Segundo Zito Vieira, presidente do PCdoB da capital, depois do feriado, o deputado federal Orlando Silva, ex-ministro dos Esportes, virá a BH se encontrar com Kalil.
O ex-cartola se encontrou ontem com representantes de entidades de cuidadores de idosos e também com auditores e procuradores do município. Segundo ele, o programa da prefeitura para cuidados com idosos está ultrapassado e precisa ser revisto. Kalil prometeu enxugar a máquina para sobrar mais recursos para investir em áreas mais carentes.
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