O ex-presidente do Atlético, que adota uma postura crítica à classe política e ao Congresso Nacional, afirmou que o apoio do parlamentar é bem-vindo, uma vez que ele não pediu cargos, caso seja eleito prefeito. “Temos políticos que apoiam porque acreditam em um jeito novo de governar. Não pediu indicação nem de um porteiro. É esse o tipo de apoio que queremos”, afirmou Kalil.
Apesar de caminhar ao lado do parlamentar, Kalil afirmou que não quer apoio de caciques para sua campanha. “Quero apoio do povo e de deputados bem-intencionados. Não quero chefe que já escolheu até quem vai servir cafezinho caso seu candidato seja eleito. Essa velha política eu não quero”, disse Kalil.
Em frente a Igreja São Judas Tadeu, na Vila Formosa, onde foram montados um pula-pula, uma piscina de bolinha e uma cama elástica para a comemoração do Dia das Crianças, Kalil criticou o “abandono dos parques municipais” e prometeu fazer convênios com clubes esportivos da capital mineira para atender jovens e crianças se for eleito.
“BH tem muitas opções, muitos parques, mas eles não estão funcionando. Temos equipamentos abandonados. É preciso fazer a cidade funcionar e recuperar esses equipamentos. Podemos negociar com clubes, que reclamam muito das despesas com IPTU, para atender as crianças. Mas uma prefeitura que não consegue atender a saúde e educação, não faria nada pelo esporte”, afirmou Kalil.
Nas redes sociais, em comemoração ao Dia das Crianças, Kalil trocou sua foto por uma de quando ele era criança, de 1969. Ele cursava o quarto ano no grupo escolar Afonso Pena.
Críticas no 1º turno
O deputado Marcelo Álvaro Antônio, que ficou em 10º lugar – na frente apenas de Vanessa Portugal – com 2,7% dos votos válidos, afirmou que apoiará Kalil contra a aliança que pretende “lotear a prefeitura”. Em 2014, quando foi eleito deputado, Marcelo teve a maior parte de sua votação na região do Barreiro.
“A cidade já percebeu que de um lado existe um grande acordão político, com várias siglas, que representa a velha política. Representa o loteamento da máquina pública. Do outro lado está Kalil, com uma proposta nova, de uma governança austera. E sobretudo, com independência”, afirmou o parlamentar.
Questionado sobre as críticas que fez a Kalil nos debates do primeiro turno, quando afirmou que “não acredita em quem fala que não é político”, Marcelo Álvaro minimizou seus comentários e afirmou que as disputas “fazem parte do pleito”.