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Hotel de Brasília vira QG de delação da OdebrechtDelação da Odebrecht afeta outros acordosEm e-mail a executivos da Braskem, Odebrecht diz que Palocci propôs 'compensação'Moro suspeita que Odebrecht comprou terreno para Instituto LulaOs acordos de delação, que são individuais, devem envolver cerca de 50 executivos. Cerca de 25 já foram fechados. A defesa de Luiz Eduardo Rocha Soares, acusado de ser o responsável pela abertura de offshores para pagar propinas fora do país, tem expectativa de que o acordo seja fechado em 30 dias. Os advogados pediram a suspensão por mais 30 dias e disseram que este é o “tempo que se estima suficiente para que os fatos atualmente mantidos sob sigilo possam ser noticiados”. O pedido inclui também os irmãos Olívio Rodrigues Júnior e Marcelo Rodrigues, que prestavam serviços terceirizados de pagamentos no exterior.
A ação que envolve João Santana é a segunda que Marcelo Odebrecht responde na 13ª Vara Federal de Curitiba.
Na terça-feira, Marcelo Odebrecht, o ex-presidente Lula e outras oito pessoas foram denunciados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa no âmbito da Operação Janus, da Polícia Federal, que investiga repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a Odebrecht para obras em Angola.
Palestras O MPF acusa Lula de ter usado sua empresa de palestras, a Lils, para lavar dinheiro de corrupção. “Outra constatação é a de que parte dos pagamentos indevidos se concretizou por meio de palestras supostamente ministradas pelo ex-presidente a convite da construtora. Nesse caso, a contratação foi feita por meio da empresa Lils Palestras, criada por Lula no início de 2011, dois meses depois de deixar a presidência”, diz o MPF em nota. Conforme o Ministério Público, a contratação da empreiteira para Lula fazer palestras servia para “ocultar a real motivação da transferência de recursos da Odebrecht para Lula”.
Para os procuradores, entre 2008 e 2015, Lula atuou junto ao BNDES para “garantir a liberação de financiamentos pelo banco público para a realização de obras de engenharia em Angola”. “O ex-presidente deve responder por lavagem de dinheiro, crime que, na avaliação dos investigadores, foi praticado 44 vezes e que foi viabilizado, por exemplo, por meio de repasses de valores justificados pela subcontratação da Exergia Brasil, criada por Taiguara Rodrigues, “sobrinho” de Lula e também denunciado.
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