O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB) usou a conta no Twitter para comentar os vídeos em que ele é chamado de “ladrão” e chega a ser agredido por uma senhora que estava no local. De acordo com o ex-deputado a situação não vai causar reações dele. “Não vou me constranger”, postou.
A situação de Cunha pode piorar. Com a perda do mandato, o ex-presidente da Câmara não pode mais embarcar em voos da Força Aérea Brasileira (FAB), sendo obrigado a fazer os trajetos em aeronaves comuns, ficando exposto aos eventuais detratores e fãs.
O deputado cassado informou ter solicitado à Infraero auxílio para saber quem é a senhora. "Pretendo identificar e, depois, processar", adiantou. Ele disse que, embora tenha tentado, a mulher não conseguiu agredi-lo fisicamente.
Em outra postagem da série, ele insinua que o grupo que o rechaçou estaria tendo a eventual perda de benefícios como motivador da reação. “Se eles perderam as suas boquinhas, o problema é deles”.
Nessa quarta-feira, Eduardo Cunha foi alvo de protesto no Rio. Filmado por populares enquanto levava suas bagagens em um carrinho de mão, o ex-parlamentar que responde já a duas ações penais na Lava-Jato por supostamente manter contas secretas na Suíça e receber propinas milionárias no esquema de corrupção na Petrobras foi alvejado por uma senhora aos gritos de "ladrão" e "pega, pega".
No vídeo é possível ver que a mulher, ao perceber que se tratava dele, correu até onde ele estava e começou a atacá-lo. As imagens não permitem identificar quem é a senhora.
Ainda no vídeo Cunha parece tentar se desvencilhar das investidas, mas não é possível afirmar com exatidão se ele é atingido com os golpes. A cena chamou a atenção de várias pessoas que estavam no saguão do aeroporto carioca.
No mês passado outro vídeo foi bastante compartilhado nas redes sociais envolvendo outro episódio com Cunha.. O deputado cassado foi hostilizado dentro de um voo comercial por uma passageira que, entre outras coisas, disse que ele merecia “apodrecer” na cadeia.
Em setembro, a Câmara dos Deputados cassou o mandato de Eduardo Cunha - responsável por autorizar o início do processo que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff - por quebra do decoro parlamentar, configurado após o ex-deputado mentir sobre a existência de contas suas na Suíça.