Brasília - O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Justiça Federal de Brasília dois inquéritos contra o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em uma das investigações, relacionada a irregularidades no FI-FGTS, já há uma denúncia oferecida contra o ex-parlamentar. O outro inquérito é relativo a fraudes nas obras de Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.
Cunha era alvo de oito frentes de investigação perante o STF, mas após ser cassado, em 25 de agosto, perdeu o foro privilegiado. Por isso, as apurações começaram a ser redistribuídas para a justiça comum. Apenas um dos casos foi remetido ao juiz Sérgio Moro, responsável por conduzir a Operação Lava Jato na Justiça Federal em Curitiba (PR).
Leia Mais
'Não vou me constranger', diz Cunha sobre gritos de 'ladrão' e 'safado' em aeroportoEduardo Cunha é xingado de 'ladrão' e 'safado' em Aeroporto do RioTeori Zavascki diz que pessoas têm vergonha em aplicar a lei no BrasilCunha diz que tira muito mais selfies do que enfrenta protestosMoro intima Eduardo Cunha para prestar contas à Lava JatoTeori já havia enviado a Moro a ação penal contra o parlamentar pela existência de contas bancárias ocultas na Suíça, utilizadas para lavagem de dinheiro. O ministro encaminhou ao Tribunal Regional da 2ª Região a ação penal por suposto recebimento de US$ 5 milhões em propina em negócio envolvendo a compra de navios-sonda pela Petrobrás.
Só foram mantidas no STF duas investigações em que Cunha é um dos alvos.
Outros dois casos, que não estavam sob relatoria de Teori, também já foram redistribuídos. Em um, Cunha é suspeito de favorecer o BTG Pactual através da inclusão de "jabutis" em medidas provisórias que beneficiaram o banco. O caso foi encaminhado pelo ministro Celso de Mello para a Justiça Federal do DF. Na outra investigação, o ex-congressista é suspeito de se envolver em esquema de corrupção em Furnas. Este caso foi remetido pelo ministro Dias Toffoli para a Justiça Federal no Rio de Janeiro. .