Jornal Estado de Minas

João Leite e Kalil prometem saúde e segurança em campanha eleitoral

Os dois problemas que mais afligem os belo-horizontinos foram abordados ontem na campanha dos candidatos João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS). O tucano se reuniu com trabalhadores no Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte e tratou, entre outros temas, da segurança no Centro da cidade. Já o ex-cartola conversou com funcionários da Santa Casa da Misericórdia, a quem prometeu lutar para melhorar a maior unidade hospitalar de Minas. Como mostrou pesquisa realizada no fim de setembro pelo Instituto Giga, encomendada  pelo Estado de Minas, a saúde – apontada por 43% dos eleitores – e a segurança pública (22%) são as áreas que mais preocupam os moradores na capital.


No encontro com representantes de entidades sindicais e trabalhadores do comércio, João Leite prometeu organizar o Centro para garantir segurança e melhores condições para quem trabalha na região. “O comércio é muito importante para Belo Horizonte e, lamentavelmente, o grande sofrimento no Centro é a desorganização do espaço”, afirmou. Segundo ele, entre os problemas da região estão os moradores de rua, cerca de 5,2 mil atualmente, a “péssima” iluminação e a falta de segurança.

“Vamos abordar essas pessoas que estão nas ruas e buscar reinserção para elas. Ao mesmo tempom voltar com o Centro do Imigrante. É com esse conjunto de iniciativas que vamos começar a organizar o Centro de Belo Horizonte.

Também teremos a presença muito forte da Guarda Municipal. São diversos roubos e assaltos que acontecem no Centro, trazendo uma insegurança muito grande”, afirmou o candidato, que ontem fez 61 anos, com direito a bolo e parabéns dos comerciários.

João Leite também prometeu investir para melhorar a iluminação das ruas centrais e de toda a cidade, além de armar a Guarda Municipal. “Quero mudar o projeto de iluminação de Belo Horizonte. Não apenas no Centro, mas em toda a cidade. Hoje, esse projeto de iluminação está esgotado. Ele não traz segurança para a população. Ao contrário, possibilita ao criminoso cometer o assalto, sem a Guarda Municipal e a Polícia Militar terem uma boa visualização.
Teremos um projeto que efetivamente vai iluminar a cidade.”

Recursos


Alexandre Kalil visitou a Santa Casa pela manhã e depois conversou com funcionários do hospital, todos preocupados com a falta de dinheiro que a entidade enfrenta há tempos. Kalil prometeu ter uma postura mais agressiva para viabilizar recursos para a entidade. A Santa Casa publicou esta semana uma carta aberta para os dois candidatos com reivindicações para a viabilização do hospital, entre elas o repasse dentro do prazo previsto em lei dos recursos que o governo federal envia para a Santa Casa por meio da Prefeitura de Belo Horizonte e atualização dos valores do contrato firmado com o município.

De acordo com o candidato, o hospital, que é filantrópico e um dos maiores no atendimento de pacientes do SUS, é um problema não só da prefeitura. “A Santa Casa é uma marca que tem de ser tratada com mais agressividade para buscar o dinheiro. Porque aqui há um trabalho impressionante, haja vista que dos 8 mil leitos que existem em Belo Horizonte, mil estão aqui. Então isso aqui tem que ser tratado com muito carinho, sem demagogia para se trazer dinheiro (…) Temos que achar uma maneira, mas não e só repasse da prefeitura que vai resolver uma coisa tão bonita e grande”, defendeu.

Questionado sobre o principal problema da saúde na capital, o candidato disse que é o dinheiro que precisa ser bem aplicado. Ele também criticou a atual gestão por fazer PPP (parcerias público-privadas) na área da saúde. Este ano, a prefeitura anunciou sua segunda PPP para construir e administrar centros de saúde.

“O problema é simples: dinheiro. É aplicar bem o dinheiro, não desviar, não colocar a saúde na mão de PPP e aplicar bem”.

.